Central Carol é cortada e está fora do vôlei feminino na Rio-2016

Guilherme Costa
Do UOL, no Rio de Janeiro
Divulgação/CBV
Carol durante treino da seleção brasileira

A seleção brasileira encerrou com três vitórias em três partidas a primeira etapa da edição 2016 do Grand Prix de vôlei feminino, mas não acumulou apenas boas notícias. Enquanto o técnico José Roberto Guimarães pôde até fazer testes no grupo e avaliar jogadoras que ainda brigam por vaga nas Olimpíadas de 2016, a central Carol, 25, foi cortada e está fora dos Jogos.

Carol era uma das postulantes à última vaga aberta entre as centrais. Fabiana, 30, e Thaísa, 29, estiveram nas campanhas dos dois ouros olímpicos do Brasil (Pequim-2008 e Londres-2012) e estão garantidas na Rio-2016. Zé Roberto vai convocar três jogadoras para a posição e também havia chamado Adenízia, 29, e Juciely, 35.

“A Carol, infelizmente, nós cortamos ontem [sábado]. É uma excepcional jogadora, mas o tempo corria contra ela. Ela teve duas lesões: uma nas costas e uma torção de pé, sozinha, em um treino. Ela estava se recuperando da torção, mas para jogar ainda precisaria esperar até a terceira etapa. Aí nós não teríamos tempo para ficar dando chance. Agora você tem de dar uma cara para o time e ver as opções que existem para ver o que pode ser”, anunciou o treinador neste domingo (12), logo depois da vitória por 3 sets a 0 sobre a Sérvia.

"Ela sentiu, chorou, mas entendeu. Depois ficou com a gente para jantar. Ela sente, e para a gente é muito duro. Ela estava na briga e tem coisas que seriam importantes, como um saque fantástico, um bloqueio bom e um ataque muito bom. Mas ela estava correndo contra o tempo, e infelizmente aconteceu num momento complicado", completou o comandante da equipe nacional.

Zé Roberto convocou 19 jogadoras para a temporada 2016 da seleção brasileira, mas pode levar apenas 12 para a Rio-2016. A oposta Monique, 29, já havia pedido dispensa por motivos pessoais.

A formação do grupo tem três disputas muito abertas: a levantadora reserva (Fabíola, Roberta e Naiane são as candidatas), a terceira central (com o corte de Carol, sobram Adenízia e Juciely) e a última atacante (Zé Roberto pode levar a oposta Tandara ou usar Natália na inversão e abrir espaço para Mari Paraíba entre as ponteiras).

Neste domingo, o treinador mostrou que existe outra posição que ainda pode ter alteração. Ele preteriu Camila Brait, titular da seleção brasileira em todo o ciclo, e escalou Leia como líbero. A jogadora de 31 anos foi um dos destaques no triunfo sobre a Sérvia.

“Hoje [domingo] a Leia entrou tranquila, mas contra a República Dominicana [em partida amistosa] ela estava nervosa, agitada, diferente do que foi agora. A gente precisa ir vendo como é o comportamento de cada uma, a reação, como o time reage a cada atleta. Tem um sentimento da equipe que a gente não pode menosprezar. Não é só o meu. Tem de ver como o time se sente na composição”, encerrou o treinador.

Não existe uma data limite para o corte no grupo. Para a próxima fase do Grand Prix, que será disputada em Macau, Zé Roberto levará todas as jogadoras disponíveis. A novidade será a ponteira Jaqueline, preservada na etapa inicial por questões físicas.