A Nike anunciou nesta quarta-feira (8) que continuará patrocinando Maria Sharapova. A tenista russa foi suspensa por dois anos pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) por ter sido pega em exame antidoping em janeiro.

Em nota oficial, a empresa norte-americana afirma que manterá a parceira e que a ITF concluiu que o doping da russa não foi de maneira intencional.

“O tribunal da ITF concluiu que Maria não quebrou as regras de maneira intencional”, diz a nota. ““Maria sempre se posicionou de maneira clara. Ela pediu desculpas pelo erro e agora está apelando contra a duração da punição. Com base na decisão da ITF e em suas conclusões, esperamos ver Maria de volta às quadras e vamos continuar a parceria com ela”.

O contrato de Sharapova com a Nike estava suspenso desde o anúncio do doping. Em 2010, a tenista assinou um contrato com a marca válido por oito anos com valor estimado de US 62,2 milhões de dólares (cerca de R$ 225 milhões na cotação atual). 

Outros patrocinadores de Sharapova, a Porsche e a Tag Heuer ainda continuam com seus contratos suspensos.

A punição foi aplicada por um tribunal independente após audiências realizadas nos dias 18 e 19 de maio e começou a valer a partir do dia 26 de janeiro, data em que a russa fez o exame durante a realização do Aberto da Austrália. Ela só estará liberada para voltar a competir em 25 de janeiro de 2018.

A tenista também terá cassado os 430 pontos ganhos por ter alcançado as quartas de final do Grand Slam e terá de devolver os US$ 400 mil (equivalente hoje a cerca de R$ 1,4 milhão) recebidos como premiação.

Segundo comunicado oficial da ITF, um outro exame fora de competição realizado no dia 2 de fevereiro, em Moscou, apontou novamente a presença de Meldonium na urina na atleta.

A decisão ainda não é definitiva, uma vez que cabe recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A jogadora afirmou, logo após a divulgação da punição, no Facebook que irá apelar e entrar com recurso.

Sharapova não é a primeira atleta envolvida em doping que a Nike mantém o apoio. Em março de 2015, a empresa voltou a ter contrato com Justin Gatlin, do atletismo, que chegou a ser suspenso por quatro anos.