Olimpíadas 2016

Gatlin minimiza rivalidade com Bolt e espera clima de festa na Rio-2016

Getty Images
Gatlin (e) está de passagem pelo Brasil antes da Olimpíada imagem: Getty Images

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

A rivalidade entre o norte-americano Justin Gatlin, 34, e o jamaicano Usain Bolt, 29, tem sido uma das mais intensas do atletismo mundial nos últimos anos. Os dois dominaram as provas mais relevantes da velocidade e voltarão a se encontrar nos Jogos Olímpicos de 2016, em agosto, no Rio de Janeiro. No entanto, vencer o rival não é a única preocupação de Gatlin sobre o evento. Em passagem pela cidade, o corredor minimizou o confronto e disse que espera encontrar um clima de festa no Brasil.

“Espero que seja incrível. A cultura aqui no Brasil é mais festiva. Todo mundo aqui gosta de se divertir e de se movimentar, e eu espero que isso influencie os Jogos”, disse Gatlin.

Campeão olímpico dos 100 m rasos em Atenas-2004, Gatlin empilhou 28 provas (e dois anos) de invencibilidade até a edição seguinte dos Jogos, quando Bolt foi ao topo do pódio na distância e ainda venceu os 200 m rasos e o 4x100 m rasos.

Desde então, a rivalidade entre os dois tem sido um dos assuntos mais explorados no atletismo. Sobretudo porque Gatlin, que teve dois casos de doping, passou muito tempo sem competir – foram dois anos de estiagem a partir de 2001 e outras quatro temporadas longe das pistas de 2006 a 2010.

Em 2015, Gatlin vinha registrando as melhores marcas do planeta nos 100 m rasos. O norte-americano cumpriu o percurso em 9s69 em agosto (nona melhor marca da história) e era dominante na prova até o Mundial de atletismo disputado em Pequim. Na competição nobre, Bolt voltou a brilhar – venceu os 100 m rasos e os 200 m rasos, com Gatlin em segundo nas duas.

Ainda assim, Gatlin assegurou que não tem pensado em bater o jamaicano: “Só penso na minha corrida. Vou lá, foco no que eu tenho de fazer, e esta temporada não é sobre tempo; é sobre quem vai cruzar primeiro a linha de chegada”.

No entanto, Gatlin admitiu que promoveu uma mudança em sua estratégia. Ao contrário do que havia feito em 2015, o norte-americano resolveu retardar a evolução de desempenho. “Na temporada anterior, quis correr muito rápido muito cedo. Agora eu quero construir minha corrida até estar pronto para o melhor aqui”, concluiu o norte-americano, que pretende se despedir dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

Topo