Jamaicano é pego no exame doping e pode afetar medalha olímpica de Bolt
Membro do revezamento campeão olímpico do 4x100 m nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 ao lado de Usain Bolt, o velocista jamaicano Nesta Carter testou positivo em nova análise das amostras colhidas na época, relatou a imprensa jamaicana nesta sexta-feira (03). Se a amostra B também apontar a presença da substância, a equipe poderá perder a medalha olímpica. O Brasil, quarto colocado na prova, ficaria então com o bronze.
Foi identificada a presença de um estimulante, a metilhexanamina na reanálise pedida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 454 amostras de atletas de diversas nacionalidades.
Carter era o primeiro revezador da final de 2008, que a Jamaica venceu ao superar Trinidade e Tobago e Japão. Ele também fez parte dos revezamentos campeões mundiais em 2011, 2013 e 2015, além de conquistar o bi olímpico na mesma modalidade, em Londres-2012.
Em Pequim, a equipe que também contava com Michael Frater, Bolt e Asafa Powell tinha estabelecido o recorde mundial, em 37 segundos e 10 centésimo.
Carter, de 30 anos, ainda não competiu nesta temporada por causa de uma lesão.
A agência Reuters informou que o estimulante foi encontrado na amostra A de Carter e que o atleta pode sofrer punições somente se a amostra B também der positiva para a substância. Assim, o velocista será suspenso e a equipe jamaicana, incluindo Bolt, corre risco de perder uma das suas seis medalhas de ouro olímpicas.
O astro sonha em conquistar o inédito triplo tricampeonato no Rio, mas o doping de Carter deixa uma mancha na conquista jamaicana.
Nas últimas semanas, o COI revelou 55 novos casos de doping com as reanálises de amostras dos Jogos de 2008 (32) e 2012 (23).
Os casos de Pequim dizem respeito a atletas de 12 países e seis modalidades. Dos 32 atletas flagrados, 14 são russos.
Nesta sexta-feira, o presidente do COI, Thomas Bach reiterou que pretende "pegar o máximo de dopados possíveis para proteger os atletas limpos".
"Reforçamos o nosso programa, tomando medidas decisivas e não hesitaremos sancionar os envolvidos", afirmou o dirigente, ao final da reunião de três dias da comissão executiva do COI, na sua sede de Lausanne, na Suíça.