COI reforça programa de luta antidoping a 2 meses dos Jogos

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira (1) que reforçará o programa que prevê novas análises de amostras de exames antidoping coletadas durante os Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012, "para proteger os atletas limpos nos Jogos do Rio".

"O programa de revisão das amostras de Pequim-2008 e Londres-2002 será ampliado. Em parceria com a Agência Mundial Antidoping (Wada), os alvos serão os medalhistas dessas duas edições dos Jogos, para eventual nova análise", explicou a entidade.

O COI também informou que o orçamento para novos controles praticados até os Jogos do Rio será dobrado, chegando ao valor de 500 mil dólares.

A revisão das análises já permitiu detectar mais de 50 novos casos, 23 em amostras de Londres-2012 e 32 em Pequim-2008.

A Comissão Executiva do COI, que estará reunida até sexta-feira, também anunciou que foi marcada para o dia 21 de junho uma reunião de todos os parceiros olímpicos (COI, federações internacionais e comitês nacionais olímpicos) para coordenar e alinhar os critérios de elegibilidade" dos atletas para os Jogos.

"Haverá uma atenção particular para países cujos programas de controle antidoping não estão de acordo com as normas da Wada, como Quênia, Rússia e México", ressaltou a entidade.

Ainda nesta quarta-feira, dois medalhistas olímpicos russos dos Jogos de Londres que foram suspensos por doping em janeiro devolveram suas medalhas.

São eles Sergey Kirdyapkin, campeão olímpico dos 50 km da marcha atlética na capital inglesa, e Olga Kaniskina, medalhista de prata dos 20 km.

A Rússia corre sério risco de ficar fora da prova de atletismo dos Jogos do Rio, por conta de denúncias de "doping organizado" de uma comissão independente da Wada.

A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) suspendeu o país de todas as competições em novembro e tomará sua decisão final sobre a participação nos Jogos no dia 17 de junho.