Pagamentos reforçam suspeitas de corrupção em Tóquio-2020, diz jornal

Do UOL, em São Paulo
AP Photo/Victor R. Caivano
Em 2013, japoneses comemoram a escolha de Tóquio para os Jogos de 2020. Capital japonesa superou Istambul e Madri

O jornal The Guardian informou nesta quarta-feira que pagamentos totalizando 1,3 milhão de euros (R$ 5,14 milhões) foram destinados supostamente para a compra de votos na escolha de Tóquio para sede da Olimpíada de 2020.

O dinheiro foi enviado pela organização da Tóquio-2020. A polícia francesa apurou que a conta bancária usada para receber os valores tem ligação com Papa Diack. Ele é apontado como elo do esquema que levaria dinheiro a representantes das federações com o intuito de votar em favor de Tóquio.

Papa Diack é filho de Lamine Diack, ex-mandatário da Associação Internacional das Federações de Atletismo(Iaaf)e que pediu demissão da Iaaf após corrupção. Lamine era o responsável por repartir os valores oriundos de propinas para os envolvidos na escolha da sede dos Jogos Olímpicos.

De acordo com o The Guardian, o suposto esquema fraudulento funcionava da seguinte forma: o dinheiro colocado em uma conta era recebido por Papa Diack, que, por sua vez, entregava para Lamine Diack ou enviava para a Federação de Atletismo, usada para intermediar as propinas.

A Justiça francesa investiga os processos de escolha dos Jogos de 2016 (Rio de Janeiro) e de 2020 (Tóquio). O Comitê Olímpico Internacional (COI) refuta qualquer irregularidade cometida nos processos de definição das sedes.