Adriana critica arbitragem, mas se diz realizada com bronze e 100ª medalha brasileira

Do UOL, em São Paulo

A pugilista baiana Adriana Araújo não conseguiu brigar pelo ouro, como planejava, mas comemorou o bronze, mesmo com derrota na semifinal do boxe feminino, na categoria até 60 kg. A medalhista quebrou um jejum de 44 anos para o esporte, desde o bronze de Servílio de Oliveira, e também ficou marcada como a dona da 100ª medalha do país em Jogos Olímpicos.

“Me sinto realizada. Não foi como eu queria, eu queria ser campeã. Mas o boxe é uma caixinha de surpresas, tudo é diferente lá em cima do ringue”, afirmou a baiana, à Record. Ela perdeu para a russa Sofya Ochigava por 17 a 11.

Adriana ajudou o país a alcançar a medalha de número 100 na história olímpica do Brasil, desde o ouro de Guilherme Paraense nos Jogos de 1920 em Antuérpia, na Bélgica. No boxe olímpico, não há disputa de terceiro lugar. Ou seja, os derrotados nas semifinais voltam para casa com a medalha de bronze.

Adriana destacou o feito vir pelas mãos de uma mulher, na estreia do boxe feminino nos Jogos. “Mostrei que sou mulher e que consigo me classificar para uma Olimpíada e ganhar uma medalha”, disse ela, à SporTV, criticando algumas pontuações dadas à rival e algumas não marcadas para si. “Aqui temos de lutar não só contra as rivais, mas contra a arbitragem. Mas fiz meu trabalho.”

“Em alguns momentos fui desfavorecida, mas ela foi tecnicamente melhor. Ela foi campeã mundial duas vezes, eu sabia com quem estava lutando. A Sofya foi superior, mas me sinto abençoada em levar uma medalha para o meu país”, completou a pugilista.

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