Novato na seleção, americano Taylor diz esperar pegadinha e divide quarto com Nenê
Bruno Freitas
Do UOL, em, São Paulo
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Gaspar Nobrega/Inovafoto/CBB
Armador Larry Taylor participa de treino da seleção masculina de basquete em São Paulo
Quem vê a seleção masculina de basquete em treino pela primeira vez pode pensar que o armador Larry Taylor é um dos nomes mais antigos do grupo, em razão da sua desenvoltura no relacionamento com os companheiros. Naturalizado brasileiro há poucas semanas, no entanto, o armador de Bauru na prática vive seus dias de novato no grupo de Rubén Magnano e espera passar pelo batismo oficial em alguma brincadeira dos colegas.
Em 2011, o jogador norte-americano já havia experimentado o ambiente de seleção na preparação para o Pré-Olímpico das Américas, mas dificuldades burocráticas no processo de aquisição de nova cidadania não permitiram que Taylor disputasse o torneio na Argentina. Por isso, a segunda experiência com o grupo é desfrutada agora como uma estreia oficial.
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"Ainda não teve nada, mas acho que vai ter alguma coisa, sim, daqui a pouco", afirma o sorridente armador, a respeito da expectativa de passar por uma brincadeira de recepção no grupo.
Taylor se apresentou ao grupo que trabalha para os Jogos Olímpicos no último domingo e ganhou a companhia do pivô Nenê no quarto da concentração. O armador do Bauru na última edição do NBB relata que tem gastado seu português ainda imperfeito em conversas com o novo companheiro, atleta do Washington Wizards na NBA.
"A gente está se dando muito bem, conversando bastante. É a primeira vez que encontro com ele, muito gente boa, gostei de conhecer", diz o novato na seleção. "A gente fica falando só basquete, fala de NBA, do Mundial, conta a vida de um, do outro, mais para conhecer melhor", acrescenta o jogador de 31 anos.
EXPECTATIVA DE DUELO COM AMIGO DWYANE WADE
Dentro do mundo do basquete, o novo integrante da seleção brasileira tem como principal amigo Dwyane Wade, uma das estrelas do Miami Heat na atualidade. Taylor diz que o parceiro de infância na cidade de Chicago foi um dos primeiros a tomar conhecimento de sua naturalização brasileira e admite que aguarda um enfrentamento em quadra na Olimpíada.
"Faz umas duas semanas que não falo com ele, mas estou acompanhando as finais da NBA, torcendo para ele ganhar, mas perderam o jogo", afirma Taylor sobre a final da liga, em que o Heat tem desvantagem parcial para o Oklahoma City Thunder (1 a 0).
"Quero ganhar dos Estados Unidos, chegar lá contra eles e fazer um bom jogo. Depois falar que os brasileiros são melhores", emenda o armador em meia à gargalhada, na projeção de um possível duelo com o time do amigo Wade.
Tudo indica, porém, que o encontro Taylor x Wade pode acontecer antes mesmo dos Jogos de Londres, pois o Brasil tem amistoso de preparação contra os Estados Unidos agendado para o dia 16 de julho, em Washington.