Kitadai distribui apelidos na seleção de judô e transforma amigo em sósia de Edinanci
Gustavo Franceschini
Do UOL, em São Paulo
Apontado de forma unânime como o mais brincalhão entre todos os atletas da seleção brasileira de judô, Felipe Kitadai mostrou que tem a língua afiada. Em um evento organizado por um dos patrocinadores da CBJ (Confederação Brasileira de Judô) na última quarta, ele soltou seu lado humorista e revelou o apelido de um colega de seleção: Edinanci Silva. O troco bem-humorado veio na sequência. “Kitanai”, como ele é chamado pelos colegas maldosos, significa algo como “sujinho”, em japonês.
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Apelidado de Edinanci, Bruno Mendonça leva o apelido recebido na brincadeira
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Amigos fora do tatame, Kitadai, Bruno e Leandro Cunha trocam apelidos entre si
A piada interna surgiu em uma escola no bairro de Paraisópolis, em São Paulo, onde a seleção esteve para um evento organizado pela Sadia. Em dado momento da ação, Bruno Mendonça foi para o tatame para uma luta de demonstração contra Leandro Cunha. No microfone como “narrador”, Kitadai não perdoou.
“E agora, de uniforme azul, Edinanci Silva enfrenta Leandro Cunha”, disse o judoca mais leve da seleção que irá a Londres, arrancando risadas de todos os presentes. Nem Leandro Cunha passou despercebido, chamado de “queixudo” pelo colega.
“Ele gosta de zoar, e comigo ele tem um carinho especial. Não chega a ser um apelido, mas ele me zoa. Nem posso responder, senão pega, não é? Ele também tem os dele. A gente chama de Kita, Kitinha e Kitanai. Dizem que Kitanai é ‘sujinho’ em japonês”, disse Bruno, deixando claro o clima descontraído da seleção.
Kitadai explica que chama Bruno de Edinanci não pela semelhança física, mas pelo estilo de luta. “Eu normalmente chamo ele de Mendonca [sem a cedilha mesmo], mas a gente começa a sacanear um pouco. É que a gente já viu vídeos e o estilo de luta dele é parecido com o dela”, disse o judoca, referindo-se à atleta que fez história na seleção, sendo bicampeã pan-americana na categoria até 78 kg.
“Nosso relacionamento na seleção é muito bom. A gente faz brincadeira com todo mundo, mas eu brinco mais com o Bruno mesmo”, explica Felipe, que não nega o apelido de Kitanai. “É, tem isso mesmo. É a semelhança do nome”, diz o judoca, que ficou marcado no ano passado ao ter “borrado” o quimono durante a semifinal do Pan de Guadalajara, torneio que ele acabaria vencendo.