Federações internacionais se queixam de arenas olímpicas do Rio
A pouco mais de 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, diversas federações internacionais têm mostrado seu descontentamento com a situação de instalações do Parque Olímpico da Barra da Tijuca.
"Eles estão deixando a desejar em detalhes muito importantes em cada arena", afirmou Francesco Ricci Bitti, presidente da Associação Internacional das Federações Olímpicas (ASOIF, na sigla em inglês) durante entrevista coletiva na Suíça.
Quem mais reclamou foi a Federação Internacional de Ginástica (FIG), que nesta semana faz o seu evento-teste na HSBC Arena. Problema com a falta de energia - que paralisou a competição por cerca de uma hora no domingo - e a demora na divulgação das notas, que chegaram a levar até dois minutos na rotina de solo, são as principais preocupações.
"O mais preocupante é que estão tendo problemas com o sistema de pontuação da Omega. Além disso, as quedas de energia enquanto os atletas estavam competindo é um problema sério", afirmou Ron Froehlich, oficial da FIG.
Ele se queixou também da falta de um piso adequado na área de treinamento.
Já um oficial da Federação Internacional de Rugby (World Rugby) mostrou preocupação com o estágio das obras na arena temporária que está sendo erguida em Deodoro e tem conclusão prevista para julho. Serão 15 mil espectadores.
"Enfrentamos alguns desafios para deixar a sede completa. Apesar do fato de estarmos com o cronograma atrasado e não exatamente onde gostaríamos de estar, estamos confiantes após alguns encontros", afirmou Mark Egan, chefe de esportes e performance da World Rugby.
Diretor executivo de Esportes da Rio-16. Agberto Guimarães tratou de acalmar os membros das federações.
"Posso assegurar a vocês que não teremos nenhum problema na hora dos Jogos em nenhum dos esportes".
Ao UOL Esporte, o Comitê Rio-2016 fez questão de frisar que os eventos-testes ocorrem justamente para que os erros sejam verificados. O órgão ressaltou ainda que a HSBC Arena não é um equipamento que preocupa.