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Campeão olímpico, Rodrigo Pessoa vive dilema com cavalo para a Rio-2016

Luis Ruas
Rodrigo Pessoa com o cavalo Status em 2014. Este poderá ser seu animal na Rio-16 imagem: Luis Ruas

Fábio Aleixo e Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

Definir qual cavalo usar na Olimpíada. Este é o maior dilema vivido por Rodrigo Pessoa a pouco menos de quatro meses do início dos Jogos do Rio.

A ideia do campeão olímpico de 2004 era usar o cavalo Jordan II, adquirido em junho do ano passado. Porém em uma das competições disputadas por Pessoa neste início de ano nos Estados Unidos, o animal sofreu uma fratura em um osso da pata e já foi descartado da Rio-2016 pelos veterinários.

"Infelizmente o ano começou um pouco mal para mim porque o cavalo teve esta lesão grave. Foi uma fratura que requer muito repouso e ele está recomeçando a trotar só agora. Infelizmente está fora de jogada para a Olimpíada, mas tenho outros dois cavalos com potencial", afirmou Pessoa em entrevista ao UOL Esporte.

Os outros dois cavalos a que ele se refere são Status e Ferro Chin VH Lindenhof, que foram usados nos restantes dos torneios nos Estados Unidos e já estão de volta à Europa onde Pessoa dará prosseguimento aos seus treinamentos.

"São dois cavalos com bons potenciais e que ainda têm bastante competições para fazer até a Olimpíada. Vamos trabalhar os dois paralelamente e ver qual estará em melhor forma e poderá render melhor no Rio. Vamos embarcar somente uma. É uma sorte poder ter outros cartuchos", disse Pessoa.

"O Status tem experiência. Já fez um Mundial (em 2014). O outro tem dez anos e um pouco menos de experiência, mas já demonstrou ter um bom potencial", completou.

Sofrer com um cavalo lesionado não é novidade para Pessoa. No ano passado, por exemplo, Status se machucou antes dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN) e ele acabou cortado da equipe brasileira. De última hora, o cavalo se recuperou e ele foi chamado para ser reserva do time após um problema envolvendo o animal montado por Álvaro de Miranda Neto, o Doda.


Pessoa não está 100% confirmado no time brasileiro, mas dificilmente ficará fora. A convocação do time com quatro titulares e um reserva será feita pela Confederação Brasileira de Hipismo em julho.

"Temos seis ou sete conjuntos que podem formar uma boa equipe não apenas para participar (dos Jogos) como também para ganhar uma medalha. Tenho uma ideia de quem são. Mas agora cabe a cada um seguir com a sua preparação para a Confederação escolher os melhores", completou.

Gastos com cavalo podem chegar a R$ 600 mil por ano

Pessoa contou que costuma gastar entre 100 mil e 150 mil euros (entre R$ 400 mil e R$ 600 mil) com cada cavalo por ano. Os custos envolvem transporte dos animais, veterinários, treinamentos e inscrições em eventos.

"Tendo que ter dois, três cavalos, você vê que os gastos são muito elevados", afirmou.

Além disso, há o custo para adquirir os animais. Cavalos de ponta são comercializados com valores que podem chegar até 6 milhões de euros (R$ 23,95 milhões). Um top de linha pode ser obtido a partir de 1 milhão (R$ 4 milhões).

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