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Destaque da seleção reencontra 1º técnico em final da Superliga de vôlei

Célio Messias/Inovafoto/CBV
Wallace, do Sada/Cruzeiro, durante treino para a final da Superliga masculina imagem: Célio Messias/Inovafoto/CBV

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

Quarto maior pontuador da Superliga e uma das principais armas do atual bicampeão Sada Cruzeiro, Wallace viverá uma final diferente neste domingo, em Brasília. Do outro lado da quadra, no comando da “surpresa” Brasil Kirin, estará Alexandre Stanzioni, técnico que o lançou para o vôlei em 2006.

A história entre os hoje rivais começou em São Bernardo, no ABC Paulista, onde Wallace foi fazer uma peneira há cerca de dez anos. Alexandre era o técnico do time juvenil e identificou talento no candidato. Só não para a posição que ele imaginava.

“Ele chegou como central e nós decidimos apostar nele como oposto. O central exige uma intensidade e inteligência de bloqueio que não precisa de tanta condição física. O oposto precisa de mais condição física, o que era muito apropriado a ele”, explica Alexandre, em entrevista ao UOL Esporte.

Wallace demorou dois meses para começar a treinar com o time profissional e não parou mais de crescer. Foi para a seleção, ganhou a prata olímpica em 2012 e hoje disputa palmo a palmo a titularidade com Leandro Vissotto. Na Superliga, é a bola de segurança do Sada Cruzeiro, campeão em três das últimas quatro temporadas do torneio. O reencontro com o antigo mentor, no entanto, será especial.

“O Alê me ajudou muito desde o começo. Para mim ele é um grande técnico, chegou desacreditado. Ninguém imaginava que Campinas [cidade do Brasil Kirin] estaria na final, até pelo investimento de Taubaté. Ele conseguiu com muito trabalho. Ele é merecedor disso tudo aí, está fazendo um grande trabalho. Ele não só é excelente técnico como excelente pessoa”, disse Wallace.

Marcar o oposto será um dos vários desafios do Brasil Kirin, que chega como zebra à decisão. A parceria do clube com a empresa japonesa de bebidas começou há dois anos e tinha uma final de Superliga como objetivo apenas para o próximo ano. De forma surpreendente, porém, a equipe conseguiu eliminar o favorito Taubaté, de Lucarelli, na semifinal, e chegou à decisão.

“A gente procurou criar um modelo pouquinho diferente de elenco, apostando em jogadores que ainda estão almejando coisas na carreira. Atletas de equipes menores, que ainda precisam buscar seu espaço na seleção brasileira. A equipe tem essa característica de ter sempre muita gente rodando e deu certo”, disse Stanzioni.

O duelo entre o pupilo e o mentor será neste domingo, às 9h40, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. 

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