A Olimpíada do Rio de Janeiro poderá ser também a Olimpíada do repelente. O temor com o vírus zika e a dengue - ambos transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti -faz com que o Comitê Organizador e os comitês olímpicos nacionais tomem medidas para evitar o contágio da doença. E o uso do produto para pele é a principal maneira de prevenção adotada mesmo no inverno - período de realização dos Jogos -, quando é menos provável a proliferação dos insetos.

O Comitê Rio-2016 avisou que fará a distribuição de repelentes para atletas e membros de todas as delegações que estiverem no país em agosto. Só de atletas são esperados cerca de 10.500. A maneira como isso será feito ainda está sendo estudada pelo departamento médico da entidade.

Nos eventos-testes - que seguirão sendo realizados até o dia 22 de maio - já está havendo a entrega de creme para os atletas que aqui estão competindo. Os organizadores dos Jogos já adquiriram 2 mil tubos de repelentes de duas diferentes marcas. Segundo o órgão, foi uma "compra de oportunidade, que não estava na agenda".

A entrega é feita após palestras dadas aos competidores pelos médicos João Grangeiro e Marcelo Patrício. Segundo o Comitê Rio-2016, os atletas têm recebido bem a esta iniciativa.

Para o público não está prevista até o momento nenhuma distribuição de repelente, mas o Comitê está comercializando em suas lojas oficiais um protetor solar com repelente licenciado. O preço é de R$ 35.

Antes mesmo de o Comitê Rio-2016 anunciar a entrega de repelentes nos Jogos, o Comitê Olímpico Australiano havia acertado um contrato em janeiro com uma empresa fabricante do produto para fornecimento à toda sua delegação.

Na semana passada, o diretor executivo do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinícius Freire, confirmou que a entidade pediu à Nike que aumentasse o fornecimento de roupas de mangas longas para o Time Brasil.

O Comitê Rio-2016 também recomenda que as janelas dos apartamentos da Vila Olímpica fiquem fechados e que se use o ar condicionado.