Vídeos

Novas rivais saltam mais alto que Murer e viram ameaça a pódio no Rio

Reuters

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

Uma das provas mais acirradas e imprevisíveis do atletismo na atualidade, o salto com vara feminino passa por uma pequena "revolução" que pode tornar a vida de Fabiana Murer, 35 anos, ainda mais complicada com vistas a uma inédita medalha olímpica no Rio de Janeiro, em agosto.

Se até o começo deste ano, a cubana campeã mundial Yarisley Silva, a americana campeã olímpica Jennifer Suhr, a grega Nikoleta Kyriakopoulou (medalhista de bronze no último Mundial) e a russa Yelena Isinbayeva - desde que a Rússia seja liberada para competir - apareciam como as principais ameaças à brasileira, o cenário agora é um pouco diferente. 
 
Apenas em 2016, três atletas pouco faladas até então já conseguiram marcas superiores às de Fabiana em toda a sua carreira. Entre performances outdoor e indoor, a brasileira registrou até hoje o seu salto mais alto em 4,85m. Neste ano, a americana Sani Morris (23 anos) fez 4,95m; e a americana Demi Payne (24 anos) e a grega Ekaterina Stefanidi (26 anos) saltaram 4,90m.
 
Isso sem contar que a jovem neozelandesa Eliza McCartney, de apenas 19 anos, quebrou o recorde mundial júnior ao saltar 4,80m.
 
"Muitas meninas novas estão saltando alto e a concorrência vai ser forte", previu Fabiana, que neste ano tem como melhor marca 4,71m.
 
"Já vi várias vezes essa evolução no salto com vara feminino. Quando eu comecei a saltar alto no circuito internacional ainda tinha a Yelena Isinbayeva. Houve um período sem muitas atletas saltando alto e agora vejo que está crescendo de novo. São atletas novas vindo, juvenis ou saindo do juvenil, e que estão saltando alto. Foi como uma onda. Teve uma subida, uma queda e agora está subindo de novo", analisou. 
 
Uma boa mostra do que poderá acontecer daqui a cinco meses no Rio de Janeiro ocorrerá nesta quinta-feira em Portland. A cidade americana recebe o Mundial Indoor e a final do salto com vara está marcada para as 23h05 (de Brasília). 
 
Entretanto há algumas ressalvas a serem feitas. A competição é em ginásio coberto, diferentemente dos Jogos Olímpicos e não contará com a presença de Yarisley Silva - que vive drama familiar, com seu marido correndo o risco de ficar paraplégico - e de Isinbayeva. Ainda assim serve como parâmetro.
 
"Queremos fazer um bom Mundial. A temporada indoor teve poucas boas competições, mas ela (Fabiana) compete por boa marca e para brigar pelo pódio", afirmou o técnico da brasileira Elson Miranda.
 
"Fiz duas semanas de treinos fortes no Brasil para poder chegar aqui, em Portland, na minha melhor forma. O Mundial é para saltar alto e buscar uma medalha", disse Fabiana, que foi campeã mundial indoor em 2010, em Doha.
 

Topo