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Parada há 2 meses, obra do Centro de Tênis precisa de R$ 63 mi até Rio-2016

Divulgação / APO
Obra do Centro Olímpico de Tênis está 90% pronta, segundo a Prefeitura do Rio imagem: Divulgação / APO

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

Dois meses após paralisar a construção do Centro Olímpico de Tênis, a Prefeitura do Rio fechou um acordo para a retomada do trabalho na arena. O município acertou nesta semana detalhes de um contrato com a construtora carioca Volume, que assumirá a obra depois do afastamento do Consórcio Ibeg/Tangran/Damini do projeto. Para terminar a construção, a Volume receberá R$ 63,4 milhões.

Segundo a prefeito Eduardo Paes, o contrato fechado com a Volume --sem licitação-- não elevará o custo total da obra do Centro de Tênis. A construção da arena está orçada em R$ 191,1 milhões. Outros R$ 10,6 milhões estão reservados para sua manutenção do local nos meses logo após o fim do Jogos Olímpicos.

A Prefeitura do Rio de Janeiro informou, em janeiro, quando a obra foi paralisada, que os trabalhos no espaço estavam 90% prontos, restando portando 10% a ser executado. A construtora Volume, porém, receberá o equivalente a 31% de tudo que o município se comprometeu a investir no Centro de Tênis.

Paes minimizou a diferença. “O acabamento é o mais caro da obra mesmo. Tem os sistemas de computador, iluminação, etc. De toda forma, vamos pagar exatamente o que deixamos de pagar ao consórcio afastado”, explicou ele, na segunda (14).

Para o prefeito, o fato de a obra estar parada há dois meses também não preocupa. “Ali, está praticamente tudo pronto. Não há risco”, afirmou.

Atrasos acumulados desde 2015

A obra do Centro Olímpico de começou em outubro de 2013. Deveria estar pronta desde setembro de 2015. Atrasos sucessivos e mudanças no projeto, entretanto, até hoje impedem a conclusão da arena, que fica no Parque Olímpico do Rio.

O plano de construção do Centro Olímpico de Tênis foi alterado duas vezes: uma em fevereiro do ano passado e outra em julho. As mudanças, além de retardar o andamento da obra, elevaram seu custo em cerca R$ 26 milhões.

Ademais, a obra da arena ainda foi parcialmente interditada pelo Ministério do Trabalho em abril por conta de risco a operários. Já neste ano, trabalhadores demitidos protestaram em frente à construção por falta de pagamento.

Os protestos e os atrasos fizeram a prefeitura rescindir unilateralmente o contrato de construção do Centro de Tênis com o Consórcio Ibeg/Tangram/Damiani. O grupo entrou na Justiça contra o município após seu afastamento.

Desde então, a prefeitura negocia com a construtora Volume a retomada das obras. Paes chegou a anunciar a volta aos trabalhos no Centro de Tênis no mês passado. Na segunda-feira, entretanto, nenhum operário trabalhou no local durante toda a manhã. Procurada pelo UOL Esporte, a empresa não pronunciou sobre o assunto nem sobre o acordo fechado com o município.

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