Dois renomados ex-treinadores de Maria Sharapova saíram em defesa da russa em seu caso de doping anunciado na segunda-feira. Para eles, a tenista não agiu de má fé ao seguir tomando o medicamento Mildronat, que contém a substância Meldonium, proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada) desde o dia 1º de janeiro.

"Ela disse que tomou este remédio por muitos, muitos anos e que não leu o memorando que foi divulgado. Ela disse que aceitará as consequências, mas ela espera e rezará para que possa jogar de novo. O que mais você pode dizer? Eu não acho que Maria Sharapova seguiria fazendo algo se soubesse, ainda mais estando no centro dos holofotes", afirmou o americano Nick Boletieri, dono da academia onde a russa se formou nos Estados Unidos. 

"Acredito que ela cometeu um erro honesto", completou.

Jeff Tarango, que também é ex-jogador e orientou a russa, atacou o estafe da tenista.

"Maria não abriu o e-mail que recebeu porque a substância que ela tomava não estava na lista pelos últimos dez anis. Mas a sua equipe a deixou na mão. Seu preparador físico, fisioterapeuta, médico, agente. Alguém deveria ter olhado aquela lista. Deveriam ter dito que ela não poderia tomar e buscar outros medicamentos", afirmou Traango.

"Pelo que disse, Maria começou a tomar este remédio quando tinha uns 18 anos. Era muito nova quando teve de tomar a decisão. Sinto muito por ela, pois ela é parte da minha família", afirmou.