Após Sharapova, Rússia teme novos casos de doping por medicamento

O ministro de Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, afirmou que mais atletas poderão ser pegos em breve em exames antidopings com a substância Meldonium, a mesma com a qual Maria Sharapova foi flagrada no dia 26 de janeiro no Aberto da Austrália.

A substância está presente em um medicamento chamado Mildronat, que é fabricado na Letônia, e ajuda pessoas que tem problemas cardíacos e de circulação, aumentando o fluxo sanguíneo. Sharapova alegou sofrer de falta de magnésio e ter propensão a diabete.

O Mildronat foi criado para  ajudar os militares soviéticos na invasão ao Afeganistão nos anos 80. Segundo o inventor da droga, ela serve para manter o foco em condições de estresse. 

O Meldonium só passou a fazer parte da lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada) em 1º de janeiro deste ano.

"Não será uma quantidade gigante, mas eu suspeito que muito mais casos ocorrerão, infelizmente. Talvez isso acordará um pouco nossos treinadores e federações. Infelizmente, muitos atletas tomavam este remédio", afirmou Mutko em entrevista à agência de notícias russa R-Sport.

"Este medicamento era permitido. Ele não faz nada de espetacular. Apenas ajudou muitas pessoas em sua recuperação. Não oferece uma vantagem injusta", completou.

Também na segunda-feira, uma outra atleta russa teve o doping confirmado por Meldonium. Trata-se da patinadora artística no gelo Ekaterina Bobrova, uma das mais renomadas da modalidades.

Outros atletas já flagrados em 2016 com a substância são: Abeba Aregawi (etíope naturalizada sueca campeã dos 1.500m), Eduard Vorganov (ciclista russo), EndeShaw Negesse (maratonista etíope)  e Olga Abramova (biatleta ucraniana).