A chance de o Brasil conquistar uma medalha no tênis dos Jogos Olímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro, é "claríssima". Foi essa a avaliação feita nesta segunda-feira (15) por Gustavo Kuerten, maior nome do país na história da modalidade.

Em entrevista coletiva no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, Kuerten disse que a possibilidade de pódio neste ano é a maior do país desde 2000, quando ele chegou a Sydney como número 2 do mundo.

"A possibilidade de medalha do Bruno [Soares] e do Marcelo [Melo] nas duplas é claríssima. Vejo até de forma natural que todos pensem isso. Talvez seja nossa maior chance de uma medalha inédita para o tênis, o que seria fantástico", avaliou Guga.

Melo encerrou a temporada 2015 como número 1 do planeta nas duplas. Soares, no início deste ano, ganhou dois títulos no Aberto da Austrália (duplas e duplas mistas). Para treinar para os Jogos Olímpicos, os dois atuarão juntos no Aberto do Rio e no Aberto do Brasil.

"Mas o nosso papel é ir além da dependência de medalha. Pode acontecer de eles perderem no segundo ou no terceiro jogo. É nossa maior chance, mas a disputa de duplas é muito acirrada", completou o ex-tenista.

Em 2000, quando chegou a Sydney como um dos favoritos ao pódio, Guga saiu da Austrália sem conquista: "A medalha estava viva na minha cara, mas aí veio o [russo Yevgeny] Kafelnikov na minha frente. As Olimpíadas vão mostrar que os melhores esportistas do universo vão vir para cá, mas a maioria vai sair derrotada".

Gustavo Kuerten esteve no Rio de Janeiro para receber uma homenagem da organização do Aberto do Rio. A partir deste ano, a quadra central do evento receberá o nome do ex-número 1 do planeta.

"Vai estar meu nome na quadra, mas vai simbolizar o início do nosso tênis. Isso é fundamental. Temos de buscar mais consistência na nossa história, e o campeonato está conseguindo martelar e sacramentar isso na cabeça das pessoas", finalizou Kuerten.