Zika faz técnico de estrela pedir aclimatação britânica fora do Brasil

O temor pela epidemia do vírus zika e as consequências que ele pode trazer para a saúde das pessoas fez o técnico da atleta do heptatlo Jessica Ennis-Hill, uma estrela do atletismo mundial, pedir que a delegação do Reino Unido não faça a sua aclimatação para a Olimpíada no Brasil. A Associação Olímpica Britânica (BOA) já reservou as instalações do Minas Tênis Clube para a preparação. O acordo é de cerca de R$ 10 milhões.

“Deveríamos procurar um lugar para fazer nossa aclimatação que minimize os risco. Os técnicos tem a responsabilidade de cuidar de seus atletas e com certeza eu não encorajaria ninguém a ir a um lugar onde pudessem contrair algo que causasse prejuízos a longo termo", afirmou ao jornal The Times, Toni Minichiello, técnico de Ennis-Hill.

"Os técnicos passam as suas vidas tentando deixar os atletas o mais saudável possível. Precisamos minimizar os riscos e isso significa voar (ao Brasil) o mais tarde possível", completou.

O agente da atleta afirmou ao jornal Daily Mail que ela está monitorando a situação e perto e pedindo recomendações à BOA e ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Apesar do pedido do técnico, a Associação Olímpica Britânica afirmou que no momento nenhuma alteração de planos da aclimatação foi feita.

"Nossos planos seguem inalterados tanto para a aclimatação quanto para os Jogos", disse um representante da entidade.

Jessica Ennis-Hills foi um dos grandes destaques dos Jogos Olímpicos de Londres e virou a queridinha dos britânicos. Ela ficou a com a medalha de ouro do heptatlo. A atleta de 30 anos também foi campeã mundial da prova em Pequim, no ano passado.