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Quenianas acusam federação de pedir dinheiro para diminuir pena por doping

Streeter Lecka/Getty Images
Joy Sakari (em imagem da Olimpíada de 2012) é uma das atletas envolvidas na polêmica imagem: Streeter Lecka/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

Duas atletas quenianas, Joy Sakari e Francisca Koki Manunga, acusaram a federação de atletismo do país, a Athletics Kenya, de pedir suborno para diminuir suspensões por doping recebidas no ano passado pelas esportistas. As informações são da agência AP.

Sakari e Manunga estão suspensas por quatro anos após terem sido pegas em exame antidoping no Mundial de Atletismo de 2015. As atletas acusaram o CEO da Athletics Kenya, Isaac Mwangi, de pedir 24 mil dólares (R$ 93 mil) a cada uma para diminuir as punições.

O pedido teria sido feito em uma reunião em 16 de outubro, mas as atletas disseram que não tinham condições de reunir o dinheiro. Sem o pagamento, ambas receberam a notícia da suspensão por e-mail em 27 de novembro.

As atletas afirmaram que não acusaram o dirigente na ocasião porque não tinham provas e temiam represálias da federação. Já Mwangi disse que a alegação das esportistas é "uma brincadeira", negou ter se encontrado com elas e disse que a federação não tem poder para diminuir as suspensões.

A comissão de ética da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) já investiga alegações de que a Athletics Kenya tem tentado pedir dinheiro a atletas para reduzir suas suspensões por doping. O presidente e o vice da federação queniana, Isaiah Kiplagat e David Okeyo, estão suspensos por esse motivo, assim como o tesoureiro Joseph Kinyua.

Sakari, que corre os 400 m, e Marunga, atleta de provas com barreiras, foram suspensas em agosto do ano passado após testarem positivo para furosemida. As duas disseram que estão dispostas a testemunhar sobre a acusação de suborno ao comitê de ética da Iaaf.

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