! Favorito a medalha na Rio-2016, Bruno Soares vê Olimpíada como imprevisível - 03/02/2016 - UOL Olimpíadas

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Favorito a medalha na Rio-2016, Bruno Soares vê Olimpíada como imprevisível

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

O tenista mineiro Bruno Soares falou à imprensa em São Paulo nesta quarta-feira, menos de uma semana após conquistar dois títulos de duplas (masculinas e mistas) do Aberto da Austrália. Diante da imprensa, porém, evitou colocar-se como favorito à conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Soares deve disputar a chave masculina de duplas na Olimpíada com Marcelo Melo, parceiro na equipe brasileira que disputa a Copa Davis. Embora considere a chave de Grand Slam “mais difícil” que a de uma Olimpíada, o mineiro aponta a imprevisibilidade dos Jogos Olímpicos como um ponto a ser superado.

“Grand Slam é mais difícil que Olimpíada. Pois lá está o que há de melhor no circuito, com gente bem preparada”, disse. “Olimpíada é imprevisível pelo fato de os jogadores muitas vezes se juntarem de última hora. Passa a ser imprevisível”, avaliou.

A parceria Melo/Soares, entretanto, ainda não tem data para estrear em 2016 - tanto no Rio Open 2016 quanto no Brasil Open 2016, ambos em fevereiro, os parceiros ainda estão indefinidos.

O Brasil ainda disputará a chave de duplas mistas no Rio-2016, mas a escalação ainda é incerta. A tendência é que Teliana Pereira, melhor representante do país no ranking da WTA (número 44), atue com Marcelo Melo ou Bruno Soares. Para o mineiro, as perspectivas também são positivas.

“Acho que temos chance em duplas mistas, mas primeiro temos de saber quem vai jogar. No momento, no feminino, temos apenas a Teliana. Mas se for o Marcelo ou o Bruno (com ela), estaremos bem representados”, analisou. A partir do momento que estamos competindo, temos chances. Posso acrescentar um pouco nesta dupla se jogar.”

Briga por medalha e expectativa

Nos Jogos Olímpicos, o ranking de simples irá definir o chaveamento – inclusive nas duplas. Para o tenista mineiro, dono de três títulos de duplas mistas na carreira (dois nos EUA e um na Austrália), o critério deixa a chave menos previsível, e pode até ajudar na briga por medalhas.

“O fato de usar o ranking de simples para definir os cabeças de chave muda muita coisa. Às vezes, pode deixar o torneio mais acessível. Por isso considero o Grand Slam mais difícil. Olimpíada, com pouquinho de sorte, pode pegar chave bem acessível”, comentou o mineiro, otimista com a parceira ao lado de Marcelo Melo.

“Temos boa chance de medalhas”, admitiu. Segundo Soares, a pressão por medalha "faz parte do dia a dia, faz parte da rotina".

"Tem duas formas de lidar com ela (pressão). Uma é se encolher e outra encarar de frente. A melhor opção para mim é encarar de frente. Pressão é interessante, porque as pessoas só pressionam em quem acreditam. Isso serve como motivação", opinou o duplista.

Em 2012, a dupla formada por Bruno Soares e Marcelo Melo caiu nas quartas de final da chave masculina diante dos franceses Michael Llodra e Jo-Wilfried Tsonga.

No Rio, mais do que a expectativa, Bruno Soares diz ser constantemente perguntado a respeito da estrutura no Rio de Janeiro - inclusive fora de quadra.

"A expectativa de todos é muito grande para a Olimpíada. A turma no circuito está muito empolgada. O Brasil é muito querido por causa de seu povo e de duas belezas. Muita gente perguntou do evento-teste. Tem uma empolgação geral", contou.

Bruno disse ainda que não conseguiu definir junto com Melo quais torneios disputarão juntos na preparação para a Olimpíada.

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