A obra esportiva mais atrasada da Olimpíada de 2016 vai ficar R$ 24,8 milhões mais cara. A Prefeitura do Rio autorizou no final do ano a edição de um aditivo ao contrato para a construção do Velódromo Olímpico, que agora custará ao menos R$ 138 milhões. A instalação deveria ter ficado pronta em dezembro. Segundo o município, está 76% concluída.

A obra do velódromo começou em fevereiro de 2014 --já mais tarde do que o esperado. Custaria menos de R$ 113 milhões. Entretanto, nunca avançou no ritmo esperado. Faltando menos de 215 dias para o início dos Jogos Olímpicos, a construção precisará de um aporte extra de recursos para ser concluída.

Com o aditivo, o custo da construção do velódromo chegará aos R$ 138 milhões. O gasto total com a obra, contudo, será ainda maior. Isso porque o orçamento da construção não inclui os R$ 6 milhões já reservados para a manutenção do equipamento esportivo nem os reajustes no custo da obra previstos em contrato.

Segundo a prefeitura do Rio, o aumento no custo da obra do velódromo se deveu a mudanças no método construtivo da arena. Inicialmente, peças para montagem do espaço seriam moldadas in loco. Durante a obra, entretanto, decidiu-se que essas peças chegariam já moldadas de uma fábrica. “Isso permite mais rapidez na construção”, justificou a EOM (Empresa Olímpica Municipal).

A mesma mudança no método construtivo foi feita na obra do Centro Olímpico de Tênis, outra instalação esportiva do Parque Olímpico do Rio. A construção da arena custaria R$ 175,4 milhões. Só a obra, porém, já consumiu R$ 191,1 milhões – isso sem contar os R$ 10,6 milhões reservados para sua manutenção e as correções monetárias do contrato.

O Centro de Tênis deveria ter ficado pronto em setembro. Está 90% concluído. Apesar disso, já recebeu um evento-teste para a Olimpíada em dezembro.

Em março, está previsto a realização de um evento-teste de ciclismo de velocidade no velódromo. A prefeitura promete que irá entregar a obra antes da competição.