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Rio 2016 fecha acordo para amenizar crise energia elétrica, diz fonte

Tariq Panja

Da Bloomberg

Os organizadores das Olimpíadas do Rio deram mais um passo no sentido de resolver um dos maiores problemas enfrentados antes do início dos Jogos Olímpicos de 2016: eles escolheram um grupo que fornecerá energia temporária para três instalações vitais.

Em dificuldades para chegar a um acordo com as distribuidoras de energia, os organizadores foram obrigados a recorrer aos governos estadual e federal para que paguem a conta quando o custo estimado quase dobrou para cerca de R$ 450 milhões (US$ 115,5 milhões). O componente energético dos jogos deveria ter sido garantido até o prazo autoimposto de 31 de outubro.

Após aceitar propostas de três grupos de fornecedoras do serviços, a comissão técnica do Rio 2016 selecionou um para fornecer energia em três instalações, segundo uma pessoa informada sobre o assunto. O custo está sendo coberto pelo governo estadual do Rio, responsável pela energia desses lugares: Copacabana, Deodoro e o estádio do Maracanã, que receberá as cerimônias de abertura e encerramento. A pessoa preferiu não identificar as empresas que formam o grupo vencedor porque os dois outros ofertantes não tinham sido informados do resultado.

Um porta-voz do Rio 2016 não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Um porta-voz do governo do estado não respondeu a um telefonema nem a um e-mail em busca de comentário.

O acordo não cobre o parque olímpico principal nem o International Broadcast Center, uma instalação fundamental para que o Comitê Olímpico Internacional transmita imagens para todo o mundo. Os custos energéticos dessas instalações são de responsabilidade do governo federal, que ainda não anunciou nenhum acordo.

Plano B

Como o cronograma do plano de energia para a Olimpíada do Rio está muito atrasado, o COI exigiu que os organizadores elaborassem um plano B para o caso de não conseguirem chegar a um acordo para obter energia elétrica para suas instalações. Esse plano é fornecer energia para todo o evento por meio de geradores, o que seria menos favorável para o meio ambiente.

"Nosso foco é usar o máximo possível de energia elétrica", escreveram os organizadores em um relatório de sustentabilidade publicado no ano passado. "O Rio 2016 tem trabalhado com a concessionária de energia elétrica do Rio de Janeiro para fornecer a energia primária e de backup para as principais instalações por meio de rede elétrica".

Essa empresa distribuidora, a Light, disse na quinta-feira que o acordo para fornecimento temporário de energia com o governo poderia ser anunciado na semana que vem. A empresa não comentou sobre o fornecimento de energia primária.

Orçamento

"É bom para um plano B, mas não é bom o suficiente para plano A", disse o porta-voz do Rio 2016, Mário Andrada, em entrevista recente a respeito da possibilidade de abastecer os jogos somente com energia de geradores de apoio. "Preferimos manter o plano A".

Os organizadores da Olimpíada do Rio têm se esforçado para respeitar o orçamento de R$ 7,4 bilhões, cortando custos em todo o comitê, incluindo carros de luxo e comida gourmet para VIPs. Como resultado do aperto dos custos, os governos estadual e federal assumiram a responsabilidade pela energia.

Com o Brasil no meio da recessão mais longa desde 1931, encontrar os recursos para pagar pela Olimpíada não tem sido fácil. O estado do Rio de Janeiro aprovou uma lei no início do ano para financiar o contrato de energia por meio de um incentivo fiscal para os licitantes vencedores.

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