Russa perde medalha ganha há dez anos em Mundial por causa de doping

Do UOL, em São Paulo
Michael Steele/Getty Images
Tatyana Andrianova (primeira da direita) havia ganhado bronze em Mundial

A Associação das Federações Internacionais de Atletismo (Iaaf) anunciou neste domingo a cassação da medalha de bronze ganha pela russa Tatyana Andrianova na disputa dos 800m no Mundial de Helsinque (FIN), em 2005.

A entidade confirmou que a atleta testou positivo para o esteroide estanozolol em um novo exame feito em amostra de urina coletada há dez anos. A Iaaf armazenou todas as amostras daquela edição do Mundial e está as retestando com as mais modernas tecnologias existentes.

Além de ter a medalha cassada, Andrianova teve todos seus resultados obtidos entre 9 de agosto de 2005 e 8 de agosto de 2007 cancelados. Além disso, recebeu dois anos de gancho. A punição passou a valer em 22 de setembro deste ano e irá até 21 de setembro de 2017. Isso, entretanto, não terá efeito prático. A russa, que completará 36 anos em dezembro, não compete desde o fim de 2011.

A medalha ganha por Andrianova deverá agora ser entregue a Maria Mutola, de Moçambique, que terminou na quarta posição daquela prova.

Adrianova não é a primeira a ter medalha cassada em virtude de doping no Mundial de 2005. Em março deste ano, a Iaaf já havia anunciado a mesma punição a outros cinco atletas, sendo que três deles haviam sido campeões em Helsinque.

O doping da ex-corredora complica ainda mais a situação da Rússia, que atualmente está suspensa pela Iaaf e corre contra o tempo para ter condições de mandar atletas para a Olimpíada do Rio.