Como foram os 20 s que salvaram o Brasil na estreia do Mundial de handebol

Gustavo Franceschini
Do UOL, em Kolding (Dinamarca)

O Brasil, atual campeão mundial, perdia da Coreia do Sul por um gol quando o último ataque das asiáticas falhou. Em 20 segundos, a seleção feminina de handebol precisou se desdobrar para conseguir, com uma jogadora a menos, empatar a partida. Alê cumpriu a missão no estouro do cronômetro, e ela mesma conta o que aconteceu no caminho.

“Quando a gente recuperou a bola, a Ana Paula virou para mim e perguntou: ‘Se eu fizer a jogada chegar, você vai fazer?’. Eu respondi: ‘Pode jogar em mim’. Nem sabia se ia fazer, mas falei para jogar”, narra Alê, que saltou quase da linha de fundo para fazer 24 a 24.

“Na hora não deu tempo para pensar em nada. A bola chegou, eu vi um espacinho ali e falei, vou saltar. Abri o braço e deu certo”, completa a ponta, melhor do mundo em 2012.

Alê terminou a noite como heroína. Seu gol deu um ponto importante ao Brasil, que irá brigar com Congo, Argentina, Alemanha e França, além da própria Coreia, por quatro vagas no mata-mata do Mundial. O começo do jogo, porém, não foi dos melhores para a jogadora.

Titular do time, Alê sofreu com a marcação avançada da Coreia do Sul e errou as duas oportunidades de chute que teve no primeiro tempo. Ciente do mau momento, pediu para sair e permaneceu no banco até a metade da etapa final, quando Jéssica, sua substituta, também vacilou diante da goleira coreana.

“Hoje não foi o jogo dela, mas ela fez um salto incrível ali. Acho que ela mostrou caráter. Foi como uma vitória pela atitude”, disse Morten Soubak, técnico da seleção, ao definir a atuação da pupila. 

O Brasil volta a jogar na próxima segunda, contra Congo, às 13h do horário de Brasília. A partida terá acompanhamento ao vivo do Placar UOL Esporte