Após escândalo russo, Quênia tem 6 atletas suspensos por doping

Seis atletas do Quênia, entre eles a campeã mundial no cross-country Emily Chebet, foram suspensos após resultado positivo em seus exames de doping. A informação publicada pelo jornal The Guardian confirma as suspeitas de que o presidente da Federação Queniana, Isaiah Kiplagat, encobria casos de doping envolvendo atletas de seu país.

Outra grande potência do atletismo se envolveu em escândalo de doping: a Rússia. O país europeu foi suspenso de forma provisória pela Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) por promover "doping organizado".

Bicampeã mundial no cross-country, a queniana Emily Chebet não poderá competir oficialmente até julho de 2019. Ela foi a sexta colocada na última competição.

Francisca Koki e Joyce Zakari também foram punidas por quatro anos; Bernard Mwendia, Judy Jesire e Lilian Moraa foram banidos por dois anos.

Quenianos que não se envolveram em doping criticam dirigente

Um grupo de atletas do Quênia faz protesto na sede da Federação de Atletismo do país africano na segunda-feira. O alvo dos esportistas, que se trancaram em um prédio da capital Nairóbi e evitam que qualquer funcionário tenha acesso ao local, é o atual presidente da entidade Isaiah Kiplagat.

O cartola é acusado de dar apoio a atletas dopados, usando seu poder para encobrir diversos casos na modalidade. De acordo com a imprensa local, os atletas pressionam para a saída de Kiplagat.

Campeão dos 400m com barreiras no Mundial realizado em Pequim neste ano, Nicholas Bett está entre os descontentes e escreveu no Facebook. "Isaiah Kiplagat deve sair. Estamos cansados de sua liderança, precisamos de mudança".

Kiplagat é acusado de encobrir casos de doping no Quênia. Caso a desconfiança da Agência Mundial Antidoping (Wada) seja confirmada, a nação africana seguirá exemplo da Rússia.