Nº 1 do mundo, Marcelo Melo abre mão de férias antes de início da temporada

Número 1 do mundo em duplas, Marcelo Melo não terá férias antes do início da temporada de 2016, na qual tentará a manter no posto e brigar por uma inédita medalha olímpica no Rio de Janeiro.

Recém-chegado ao Brasil de Londres, onde alcançou a semifinal das Finais da ATP e pôs fim ao melhor ano de sua carreira, Melo já tem nova viagem marcada. Nesta semana viajará para a Ásia para a disputa da IPTL, um torneio-amistoso com a presença dos principais tenistas do planeta. Regressará ao país no dia 22 de dezembro e já dará início à preparação para a temporada de 2016. Em 6 de janeiro, já viajará para a Oceania.

"Está um calendário um pouco apertado e extenso. Quase não vou ter descanso. Mas vale a pena. A IPTL é um torneio muito interessante, com os melhores do planeta se divertindo", afirmou Melo em entrevista coletiva nesta terça-feira. 

E Melo sabe que 2016 será desgastante.

"Sei que vou ter uma quantidade enorme de pontos a defender, mas isso é algo que tenho lidado bem ao longo dos últimos anos, desde que entrei no Top 10. Talvez seja complicado quando precisar defender os quatro títulos seguidos e os 17 jogos de invencibilidade", afirmou.

"E com certeza a Olimpíada será a prioridade, ainda mais sendo no Brasil. Disputar em casa vai ser uma oportunidade única. Até para o (Novak) Djokovic (número 1 do mundo em simples) é a prioridade máxima", disse Melo, que não participará do evento-teste, entre os dias 10 e 12 de dezembro no Rio de Janeiro.

Melo contou também que desde que assumiu o posto de líder do ranking o reconhecimento aumentou bastante.

"Já  senti isso no avião, voltando ao Brasil. Mesmo em Belo Horizonte pessoas que não acompanham tanto o tênis já sabem do feito e me reconhecem. Até o meu pai me olha e pergunta se sou eu mesmo", disse o duplista que concorre ao Prêmio Atleta da Torcida no Prêmio Brasil Olímpico.

Ele concorre contra Isaquias Quieroz (canoagem), Thiago Pereira (natação) e Bruno e Alison (vôlei de praia).

"Não acompanho tanto outros esportes, mas de ter ganho um Grand Slam e ser número  1 não sei ao que se equipara. Acho que mereço sim", afirmou.