O novo presidente da Federação Internacional de Tênis (ITF), David Haggerty, não chegou a um acordo com a Associação de Tenistas Profissionais (ATP) para oferecer pontos aos atletas olímpicos no ranking da ATP. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal espanhol Marca e confirmada ao UOL Esporte pelo próprio dirigente.

"Posso confirmar que não haverá distribuição de pontos para o ranking da ATP nos Jogos Olímpicos de 2016. Entretanto, acreditamos que os jogadores terão a honra de representar seus países e que os pontos no ranking não serão um empecilho para a participação", afirmou Haggerty por e-mail.

A ATP exigia uma recompensa financeira aos torneios que se julgassem prejudicados pela ausência de tenistas que disputem os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. A ITF é detentora dos direitos da Copa Davis e da disputa de tênis em Jogos Olímpicos, e queria os pontos no ranking como contrapartida.

Sem acordo entre as duas entidades que regimentam a modalidade, a ATP – que representa jogadores e torneios profissionais – decidiu retirar os pontos disputados durante Olimpíadas.

Graças ao acordo entre ATP e ITF, estabelecido em 2011, o britânico Andy Murray somou 750 pontos ao conquistar a medalha de ouro na Olimpíada de 2012, em Londres – até então, a primeira e única edição a dar pontos aos primeiros colocados. Medalha de prata na competição, o suíço Roger Federer faturou 450 pontos na ocasião. 

A pontuação para o ranking da WTA, que administra o circuito feminino, está mantida até o momento.

Os jogos de tênis na Olimpíada do Rio serão disputados em um complexo na Barra da Tijuca. As partidas da modalidade acontecerão entre os dias 6 e 18 de agosto de 2016.