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Bruno Soares critica decisão da ITF de não dar pontos no ranking na Rio-16

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Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

O tenista brasileiro Bruno Soares criticou a decisão da federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) de não dar pontos no ranking da ATP na Olimpíada de 2016. As entidades não chegaram a um acordo e não repetirão o modelo adotado em Londres-2012.

"Eu acho uma pena a Olimpíada não valer pontos pela importância que tem o evento. Os atletas para poderem jogar e conseguirem um grande resultado mudam seus calendários, abrem mão de vários torneios para terem uma preparação diferente. Ter pontos aumenta ainda mais a importância da Olimpíada, eleva o status. É uma pena o pessoal da ITF não pensar desta forma. Eles têm o pensamento que jogar uma Olimpíada está acima de tudo. Este pensamento é sim correto, mas poderia se valorizar mais", disse o jogador em entrevista ao UOL Esporte.

Soares diz que isso nada mudará o seu planejamento e que disputar uma Olimpíada em casa é prioridade, mas não sabe como poderão reagir outros jogadores.

"É difícil falar do impacto que pode ter. Vai de cada jogador e essa não-distribuição de pontos sem dúvida vai pesar na decisão de certas pessoas. Muitos podem optar por seguir com seus calendários", disse o duplista. 

O presidente da ITF, David Haggerty, afirmou ao UOL Esporte por e-mail que não teve um esvaziamento da Olimpíada.

"Acreditamos que os jogadores terão a honra de representar seus países e que os pontos no ranking não serão um empecilho para a participação", afirmou.

No calendário de 2016 divulgado pela ATP apenas dois torneios ATPs 250 - nos Estados Unidos e no México - serão disputados na data do torneio olímpico de tênis (entre 6 e 14 de agosto). A partir do dia 15, terá início do Masters 1.000 de Cincinnati.

Em 2008, os Jogos Olímpicos de Pequim não deram pontos no ranking mundial. A última vez que os Jogos Olímpicos não deram ponto no ranking mundial foi em 2004, em Atenas. Ainda assim,  os principais jogadores participaram da competição.

 

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