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Raí fez de tudo para estar numa Olimpíada. Até badminton ele treinou

Flávio Florido/UOL

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

Campeão mundial pela seleção brasileira, campeão mundial de clubes e bi da Libertadores pelo São Paulo, campeão brasileiro, ídolo na França. Raí conquistou tudo o que podia no futebol. Mas ele lamenta, seriamente, um fato na sua carreira esportivo: nunca ter participado de uma Olimpíada. “Faltou isso. Esta emoção não pude viver no esporte. Sempre foi algo que me encantou”, afirmou.

E pelo sonho de representar o Brasil na maior competição esportiva do planeta, Raí se arriscou até no badminton. Após encerrar a carreira nos gramados em 2000,  começou a treinar com um objetivo claro. Participar dos Jogos de Atenas-2004 ou Pequim-2008. Mas, como é sabido, a ideia não vingou.

“Lá pelo ano de 2002, comecei a treinar em esportes em que o Brasil não tem tanta tradição, como badminton e tiro com arco. Se me desse bem e conseguisse evoluir um pouco a ponto de fazer frente aos profissionais, a minha ideia era pedir um convite ao COI (Comitê Olímpico Internacional) para participar da Olimpíada. Teria esta cara de pau e acho que poderia conseguir. Seria inusitado e interessante ter um jogador de futebol, campeão mundial, tentando a sorte em outro esporte. Não iria para ganhar medalha, seria mais pela participação e por viver este momento olímpico”, contou o ex-jogador.

“Eu gostava de jogar badminton, sempre gostei de esportes dinâmicos, mas a verdade é que este projeto não foi para frente por falta de tempo para treinar com mais afinco. Era um momento em que eu estava lançando o projeto da (Fundação) Gol de Letra”, completou.

O mais perto que Raí chegou de uma experiência olímpica foi os Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987, quando ajudou a seleção brasileira a conquistar a medalha de ouro.

“Tive um gostinho de saber como era estar em uma competição grande, com vários esportes e diversos países, sentir o clima de uma vila de atletas, foi uma experiência incrível. Em 1988, dei azar de estar machucado e não fazer parte do grupo que conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Seul”, disse.

Coma realização da Olimpíada no Brasil, em 2016, Raí terá a chance de diminuir um pouco a frustração por não ter ido ao evento como atleta. Ele já foi indicado pela Nissan – uma das patrocinadoras dos Jogos – para carregar a tocha durante o revezamento. Segundo o ex-jogador, isso deverá acontecer no Rio de Janeiro, no bairro do Caju, onde está um dos núcleos da Fundação Gol de Letra.

Além disso, Raí trabalhará como embaixador e comentarista da France Télévisions, canal estatal dono dos direitos de transmissão da Olimpíada para a França.
“A partir do primeiro semestre farei alguns programetes sobre o ponto de vista do brasileiro de receber uma Olimpíada, da situação do Rio. Será uma mistura de esporte e política. E durante a Olimpíada falarei sobre o andamento das competições e com o brasileiro está vivendo o evento”, contou.

 

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