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Punam os dirigentes por doping, não os atletas, diz maratonista russa

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Liliya Shobukhova é corredora da Rússia imagem: REUTERS/Paul Hackett

Dmitriy Rogovitskiý

Da Reuters, em Moscou (Rússia)

A corredora de longa distância russa Liliya Shobukhova disse que os dirigentes do país, não os atletas, devem ser punidos como consequência de um relatório de comissão antidoping que alegou corrupção generalizada na potência esportiva.

O relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) divulgado na segunda-feira recomendou a suspensão de atletas russos de campeonatos até que a federação de atletismo do país corrigisse os erros.

Shobukhova, vencedora das maratonas de Londres e Chicago, concluiu recentemente uma punição por doping que foi reduzida de três anos e dois meses para dois anos e sete meses, após a Wada informar que ela ajudou nas investigações.

A russa de 37 anos disse que punir atletas russos seria punir os inocentes.

"Não entendo esta recomendação da Wada", disse a atleta durante entrevista ao jornal russo Sport Express. "O que esportistas têm a ver com isso? Como você pode tirar a oportunidade de um jovem atleta ir às Olimpíadas, algo que sonhou toda sua vida?".

"Se um atleta for desclassificado, ele perde tudo -medalhas, dinheiro de premiação, salários", disse Shobukhova, que participou de um documentário alemão em 2014 sobre supostos dopings sistemáticos por atletas russos. "O que acontece com as dirigentes? Nada. Eles precisam ser punidos, não nós".

O Kremlin rejeitou as acusações de doping contra seus atletas como sem fundamentos, enquanto os chefes russos dos esportes e antidoping sugeriram que o furor internacional tinha todas as características de um "trabalho de ataque político".

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