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Russos podem ser expulsos de eventos de atletismo após denúncia de propina

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Sebastian Coe encara pressão por expulsão de atletas que pagaram por liberação em exames imagem: REUTERS/Jason Lee

Do UOL, em São Paulo

De acordo com o jornal The Guardian desta segunda-feira, a Federação Internacional de Associações de Atletismo (IAAF) deve enfrentar uma pressão pela expulsão de atletas russos de competições da modalidade. O motivo: a publicação de um relatório de Dick Pound, ex-presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada), que aponta irregularidades de competidores da Rússia em exames antidoping.

O documento denuncia o pagamento de propinas de autoridades russas para o ex-presidente da IAAF, Lamine Diack, que acobertaria resultados de atletas em exames. Entre os competidores que escaparam de punições, estariam dois medalhistas – um de ouro e um de prata – nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres.

Diack é um dos envolvidos nas denúncias da Justiça francesa, que incluem outros três acusados – entre eles, um filho do ex-presidente da IAAF. Segundo as autoridades, o grupo teria acumulado mais de R$ 4 milhões em propinas recebidas para encobrir os resultados de exames antidoping.

Embora os atletas russos não tenham as identidades reveladas, o jornal britânico aponta o nome de uma atleta envolvida no esquema: a turca Asli Çakir Alptekin, medalha de ouro nos 1500 m em Londres-2012, posteriormente desclassificada da prova. Alptekin teria sido alvo de tentativa de extorsão, para que pagasse para ser liberada dos resultados.

Questionado sobre a possibilidade de afastar os russos do atletismo, o atual presidente da IAAF, Sebastian Coe não descartou, mas preferiu manter o foco na reforma que pretende promover no esporte.

“Se estas alegações forem provadas, então claramente tivemos pessoas ruins manipulando o sistema. Teremos melhores análises para assegurar que estas pessoas não estejam nestas posições no futuro? Sim. Estes sistemas devem estar onde estão? Provavelmente. Minha responsabilidade é construir um esporte responsável, mas esta é uma longa estrada”, assegurou Coe em entrevista à BBC.

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