Holyfield estava quebrado. Agora dá volta por cima e vê filhos no esporte
Em junho de 2014, Evander Holyfield anunciou sua aposentadoria do boxe. Aos 51 anos, tinha dificuldades para encontrar grandes rivais, além de passar por dificuldades financeiras – havia a possibilidadde de colocar à venda desde imóveis até cinturões e luvas. Os US$ 230 milhões que conquistou na carreira haviam se dissolvido em pensões para 11 filhos, de seis mães diferentes.
Mas o cenário mudou bastante em pouco mais de um ano, segundo o site da emissora britânica BBC. Os motivos não são financeiros, mas familiares: Evan, que luta boxe, e Elijah, que joga futebol americano. Os dois são filhos do ex-pugilista.
Evander Holyfield não sobe aos ringues desde 2011, quando venceu o dinamarquês Brian Nielsen. Desde então, viu o dinheiro minguar por conta de seus relacionamentos e se afastou da modalidade.
“Perder tudo foi difícil”, disse. “A única maneira que encontrei para passar por isso foi pensar: Deus me permitiu ter uma casa, então vai me permitir ter outra. A Bíblia diz: ‘a segunda metade da vida será melhor que a primeira’. Eu conquistei US$ 230 milhões na primeira metade, então tenho motivos para viver”, completou.
Mesmo sem recuperar o dinheiro, Holyfield “sorri de novo”, segundo a BBC. O motivo é a crença na possibilidade de reaver o que perdeu – não apenas financeiramente, mas no relacionamento com os filhos em meio às disputas judiciais.
Evan Holyfield treina em Atlanta e quer chegar a uma Olimpíada, “assim como meu pai fez”. O pai disputou os Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, conquistando a medalha de bronze – nas semifinais, foi desclassificado diante do neozelandês Kevin Barry. Depois disso, lutou profissionalmente pelos meio-pesados e pelos pesados, derrotando nomes como Buster Douglas, Riddick Bowe e Mike Tyson.
Já Elijah está terminando o colegial e vai jogar futebol americano universitário. Curiosamente, a modalidade era a mesma disputada pelo próprio Evander Holyfield na juventude.
“Estou orgulhoso de Elijah, de sua atitude. Ele tem um bom escopo atlético, e as pessoas acham ele bom. É difícil ser humilde quando você é o melhor”, brinca. “Eu sou o ‘Old Deal’. Ele é o ‘Real Deal’. De fato, você pode dizer que ele é o ‘New Deal’”, brincou, referindo-se ao próprio apelido (Real Deal) nos tempos de ringues.