! EUA sobram e levam tri mundial na ginástica; torcida empurra Reino Unido - 27/10/2015 - UOL Olimpíadas

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EUA sobram e levam tri mundial na ginástica; torcida empurra Reino Unido

Paula Almeida

Do UOL, em Glasgow (ESC)

Se a Olimpíada do Rio de Janeiro fosse hoje, uma medalha de ouro já estaria garantida. E não estamos falando de Michael Phelps, Usain Bolt ou Serena Williams. O Mundial de Glasgow mostrou nesta terça-feira que ninguém, atualmente, é capaz de bater os Estados Unidos na ginástica artística feminina. Nesta noite, as norte-americanas confirmaram o amplo favoritismo e venceram a prova coletiva com 181,338 pontos, nada menos do que cinco à frente da vice-campeã China (176,164).

Liderado pela bicampeã mundial Simone Biles e pelas campeãs olímpicas Gabby Douglas e Aly Raisman, o time americano, que já tinha dado show nas eliminatórias, conseguiu melhorar ainda mais na grande decisão. Foi o terceiro título consecutivo dos Estados Unidos e o quinto nos últimos sete anos em que a prova por equipes foi disputada.

"Quando eu terminei a minha série no solo e a Simone subiu no tablado, não parecia real. É uma daquelas coisas que você pensa todos os dias, mas no esporte tudo pode acontecer e não se pode prever nada. Mas foi incrível. Eu tenho muito orgulho das garotas", comentou Aly, campeã olímpica por equipes em 2012 e capitã da seleção.

Com o ouro das norte-americanas praticamente sacramentado, restava saber quem levaria as medalhas de prata e bronze, e aí ficou a grande novidade do dia. Anfitrião, o Reino Unido contou com o apoio barulhento de sua torcida na Hydro arena e conquistou uma medalha em Mundial pela primeira vez por equipes, o bronze, deixando fora do pódio a temida Rússia, que foi para Glasgow sem sua grande estrela, a campeã mundial Aliya Mustafina, e teve atuação fraca na final. A China repetiu o vice-campeonato de 2014 com 176,164 pontos. Japão, Canadá, Itália e Holanda completaram a final.

Na confirmação do ouro, os Estados Unidos abriram a final desta terça-feira já brilhando no aparelho que tradicionalmente dá as maiores notas, o salto, com 46,665 pontos. Ainda na primeira rotação, as chinesas fizeram grandes apresentações nas barras assimétricas (45,632), e japonesas e italianas sofreram quedas na trave (40,066 e 39,399).

Gabby Douglas teve atuação de gala nas barras e comandou os Estados Unidos na segunda rotação (45,433). No mesmo aparelho, a estrela Viktoriia Komova sofreu uma queda e complicou as pretensões da Rússia (43,874). Já no solo, a Itália se recuperou do início desastroso com uma boa nota (42,733), e a China fez boas apresentações na trave (42,300).

Empurradas por uma grande série de Claudia Fragapane, as britânicas brilharam no solo na terceira rotação (43,299). Na trave, Simone, Maggie e Aly mantiveram a excelência dos Estados Unidos com ótimas notas (43,432). Pior para a Rússia, que também na trave viu suas três ginastas sofrerem quedas (40,133).

A quarta e última rotação começou com a disputa entre China e Rússia para ver quem ficaria à frente. E com a boa média do salto (45,233) contra a nota satisfatória das rivais no solo (42,191), as chinesas garantiram seu lugar no pódio. O Reino Unido, para festa total das arquibancadas, brilhou no salto (45,049) e garantiu o bronze atrás das chinesas. Para fechar, os Estados Unidos contaram com séries inspiradas de Maggie, Aly e Simone no solo (45,808) e sacramentaram a vitória,

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