Ainda não será desta vez que Arthur Zanetti conquistará o bicampeonato mundial nas argolas. Nesta segunda-feira, mesmo sem competir, o paulista, que passou pelas eliminatórias do Mundial de Glasgow no domingo, viu das arquibancadas da Hydro Arena ser eliminado da prova que é sua especialidade.

Campeão na Antuérpia-2013 e vice em Tóquio-2011 e Nanning-2014, Zanetti somou 15,433 pontos na primeira subdivisão masculina na Escócia e viu de perto sua nota ser ultrapassada nas sessões seguintes. Atualmente, ele ocupa a nona colocação geral. Só oito se classificam para a final.

O campeão olímpico já havia terminado o primeiro dia das eliminatórias na quarta posição, ultrapassado por seus principais rivais: o grego Eleftherio Petrounias e os chineses Yang Liu e Hao You. Nesta segunda, foi a vez de o francês Samir Ait Said, do armênio Davtyan Vahagn, do holandês Lambertur Van Gelder e dos norte-americanos Donnell Whittenburg e Brandon Wynn também ultrapassá-lo.

Apesar da eliminação, Zanetti mostrou tranquilidade ao comentar o resultado. Em todas as entrevistas concedidas em Glasgow, o ginasta sempre fez questão de ressaltar que a medalha individual não era seu objetivo principal no campeonato.

"A gente sempre torce para pegar final, mas o objetivo dessa competição não era pegar final de argolas, e sim pegar classificação da equipe para a vaga olímpica. Então pelo menos esse objetivo a gente está alcançando", afirmou Zanetti ao UOL Esporte.

Por enquanto, a equipe brasileira masculina ocupa a sétima colocação geral e está bem próxima de garantir uma vaga nos Jogos do Rio-2016. Adversários como Alemanha, Coreia do Sul, França e Ucrânia não conseguiram ultrapassar o Brasil, que agora só espera os resultados da rival direta Romênia e de Taiwan, Holanda, Itália e Belarus.

Caso o Brasil fique fora do top 8 em Glasgow, a equipe e Zanetti terão uma última chance de qualificação olímpica no evento-teste do ano que vem, em abril. Se o time se classificar já no Mundial, o ginasta nem precisará passar pelo último qualificatório. No caso quase impossível de a vaga não vir nem em abril, Zanetti terá que ser o escolhido da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) para ficar com um dos dois convites aos quais o Brasil, como país-sede, tem direito.

*Atualizada às 16h10