Vídeos

Pivô de polêmica de ranking diz que não absorveu a ideia de aposentadoria

Karla Torralba e Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

Grandes nomes da seleção brasileira de vôlei levantaram a bandeira contra o ranking adotado na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) nesta sexta-feira (23), em defesa da jogadora Elisângela, atualmente no Osasco. A ex-jogadora da seleção, bronze nos Jogos Olímpicos de 2000, mostrou-se triste com a ideia de não poder atuar na Superliga pelo clube e, consequentemente, encerrar a carreira.

Aos 36 anos, Elisângela disputa o Campeonato Paulista pelo Osasco, que joga a final do torneio no domingo (25), contra o Sesi. Este pode ser a última partida da atleta, que admitiu ainda não ter processado direito a ideia da aposentadoria.

“Tenho contrato com o Osasco até o final do Paulista (domingo). Eu nem absorvi a ideia de me aposentar domingo. Será um dia especial. Eu não acordei ainda. Eu não sei como vou acordar amanhã”, disse a atleta.

Se ficasse com Elisângela, o Osasco ultrapassaria os 43 pontos do ranqueamento de jogadoras, permitido pelo regulamento da Superliga.

A atleta explicou que ainda aguarda uma manifestação oficial da CBV, que, a princípio, orientou Elisângela a entrar em contato pessoalmente com os clubes para que eles rebaixassem o ranking dela. A situação, no entanto, não foi aceita por unanimidade.

“Eu mandei a carta para que os clubes abaixassem um ponto. O Praia Clube e o Pinheiros negaram. O Sesi nem se manifestou. Então, teoricamente, é não. A CBV tinha que ter compreensão e tomar uma decisão. O ranking tinha que acabar, ele é feito em março. De lá para cá acontece muita coisa”, comentou.

“O clube não pensa no lado do atleta, não são acessíveis. Cada clube pensa em defender só o seu, ninguém vai brigar pela Jaque, por mim ou pela Erika, pela Sassá e ninguém vai defender a gente. As pessoas esquecem que o espetáculo somos nós, atletas, porque ganhamos títulos com a seleção. E é isso (ranqueamento) que decide o término de uma carreira. É justo? Tem que avaliar a carreira”, criticou Elisângela.

Elisângela teria a possibilidade de jogar em outro clube, até mesmo fora do país, mas não cogita a possibilidade por estar encerrando sua carreira, aos 36 anos e com filho na escola. “Eu não penso nisso. Meu filho tem 10 anos, tem escola”, completou.
 

Topo