Arena moderna e 'organizadas' dão clima de vôlei de praia e NBA ao Mundial
Paula AlmeidaDo UOL, em Glasgow (ESC)
Nem o frio de 11º (com sensação térmica de 7º), o leve trânsito e o sono evitaram o público de comparecer em peso já à primeira sessão qualificatória do Mundial de ginástica artística, que começou nesta sexta-feira em Glasgow (Escócia). Com dois dos três anéis de arquibancadas praticamente lotados desde o início, os torcedores, em sua maioria mulheres e crianças, entraram na onda das modernidades da arena Hydro e criaram um verdadeiro clima de quadra de vôlei de praia e de NBA dentro do luxuoso complexo.
O Mundial britânico é o primeiro a transformar o evento em um grande espetáculo. Um telão de 120 metros quadrados exibe, ao mesmo tempo, o vídeo de uma das provas e os resultados parciais das eliminatórias de time e individual geral. Também mostra, nos intervalos, a “câmera da dança”, uma versão nova da “câmera do beijo” tão comum em eventos nos Estados Unidos.
Casa de shows por natureza, a Hydro ainda conta com um arsenal de luzes voltadas para os ginastas, e todo o primeiro anel de arquibancada tem um extenso painel eletrônico.
Para essa competição, os jurados foram tirados do tablado principal e instalados em tribunas mais altas, para analisar com mais precisão os movimentos durante as provas. Enquanto isso, os ginastas ganharam ainda mais destaque. Saíram as tradicionais plaquinhas carregadas por voluntárias para anunciar as nações. Agora, as equipes surgem do subsolo, em frente ao telão, sob fumaça de gelo seco e ouvindo os nomes de suas nações em alto e bom som.
Um animador sobe às arquibancadas e faz perguntas ao público em cada intervalo de rotação. Já dois comentaristas fazem ponderações sobre as ginastas que estão para se apresentar e também convocam a torcida para aplaudir e curtir cada ação.
E o clima fica completo com o som altíssimo de músicas animadas que em nada lembram a sisudez das escolas antigas de ginástica. Um prato cheio para que pequenas torcidas organizadas montem coreografias próprias quando não estão gritando desesperadamente os nomes de suas ginastas.