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De olho na Olimpíada, CBF ouviu Dorival antes de dar 3ª chance a Gabigol

AFP
Gabigol pela seleção sub-17 em 2013: nova chance de brilhar com a amarelinha imagem: AFP

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

Gabriel Barbosa, o Gabigol, não tem pela seleção brasileira os mesmos gols que marca pelo Santos desde a adolescência. Nesta sexta-feira, o atacante terá uma nova oportunidade de reescrever essa história com a equipe olímpica. Brasil e República Dominicana se enfrentam na Arena da Amazônia, em Manaus. É a primeira chance dele na equipe sub-23, após cinco convocações. O jogo está marcado para as 21h (de Brasília). 

Para que a oportunidade ganhasse corpo, além dos 17 gols marcados em 2015 e do ótimo segundo semestre que faz, Gabriel também teve uma ajuda importante. Uma ligação da CBF para Dorival Júnior confirmou o que já havia sido notado nas observações de Dunga e seu auxiliar Andrei Lopes, além de Rogério Micale, que dirige a equipe olímpica no amistoso. 

Há uma evolução consistente em relação ao Gabriel que, em suas passagens pela seleção sub-17 e sub-20, não agradou. Aspectos como a participação mais intensa dentro das partidas, a busca por espaços, o trabalho sem bola foram notados pela equipe liderada por Dunga como virtudes do atacante santista. 

Durante a passagem pelas seleções de base, o então treinador Alexandre Gallo teve diversas conversas, algumas ríspidas, em que pedia a Gabriel para ter mais concentração e regularidade em campo. A amigos, Gallo confessou que o desempenho ruim de Gabigol no último Sul-Americano sub-20 foi de suas maiores frustrações. O Brasil como um todo, é verdade, também foi muito mal. Acabou o torneio na quarta posição. 

Em Santos, onde tinha residência, Gallo chegou a conversar com seu Valdemir, pai de Gabriel, para tentar fazer o jogador render como no clube. Também buscou Muricy Ramalho, responsável por dar a primeira chance ao atacante entre os profissionais, por pelo menos duas ocasiões. Na primeira vez, ouviu que Gabigol não estava totalmente pronto para ser convocado. Depois, concordou que poderia ser uma boa hora. 

Na seleção sub-17, o atacante mais promissor do Santos desde Neymar também não havia tido sorte. No Mundial da categoria, em 2013, foi quem desperdiçou o pênalti que eliminou o Brasil diante do México, ainda nas quartas de final.

Agora, a seleção oferece uma nova chance a Gabriel, aos 19 anos. 

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