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Racismo e violência. Jogo termina com polícia e fisioterapeuta no hospital

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Fernanda Isis (dir) teria sido vítima de racismo imagem: Reprodução/Facebook

Leandro Carneiro

Do UOL, em São Paulo

As quartas de final do Campeonato Paulista de vôlei acabaram com confusão entre Bauru e Araraquara. A partida ficou marcada por acusação de racismo, violência contra mulher e até polícia envolvida. Existe a possibilidade do segundo jogo não acontecer pelo problema.

Segundo relato do Araraquara e da Federação Paulista de Vôlei, a confusão aconteceu depois do apito final, fora de quadra. Já o Bauru diz que atos racistas começaram com a torcida que ofendia Fernanda Isis, a chamando de “bunda de macaco”.

O Araraquara relata agressão de dois dirigentes, não se sabe se do clube ou do patrocinador. Uma agredida seria a fisioterapeuta Ariane, que foi parar no hospital pela agressão e fará tomografia nesta quinta-feira. Ao deixar o hospital, a médica irá a uma delegacia da mulher para prestar queixa.

O Araraquara ainda alega agressão a central Lais. A jogadora estaria com hematomas depois da confusão. O time ainda informa que se não tiver garantia de segurança ou escolta da Federação Paulista de Vôlei, não entrará em quadra no segundo jogo, que acontecerá neste sábado.

Sobre a acusação de racismo, o Araraquara nega que isso tenha acontecido. Na súmula da partida, o juiz não relatou qualquer tipo de ofensa. A Federação Paulista ainda informa que a briga não está no relato do jogo, pois a confusão aconteceu depois da partida. A entidade disse que se o Araraquara não entrar em quadra, o resultado será considerado W.O., mas nenhum comunicado foi enviado até agora.

Do outro lado, o Bauru reafirma que Fernanda Isis foi vítima de racismo em quadra. Além disso, o clube ressalta que nenhum dirigente agrediu atletas ou membros da comissão técnica adversária.

O Bauru ainda acusa o Araraquara de “grande desorganização, responsável pela segurança e integridade física de todos os presentes no ginásio”. O clube reclama de segurança insuficiente no ginásio.

A equipe também fala sobre agressões. O ato de violência teria sido feita pela comissão técnica do Araraquara, por pessoas uniformizadas.

A Polícia Militar foi chamada para apaziguar a confusão e escoltou o Bauru, segundo o clube, para deixar o ginásio. A PM ainda orientou, segundo o Araraquara, a prestar queixa na delegacia da mulher.

Dentro de quadra, o Bauru venceu a partida contra o Araquarara por 3 a 2, no Gigantão, em Araraquara. Os dois voltarão a se enfrentar em Bauru. 

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