Cielo admite ter regalias de confederação, mas se vê como parte do time
Tricampeão mundial e campeão olímpico dos 50m livre, Cesar Cielo contou que recebe privilégios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) nas competições que faz defendendo o país, mas negou que isso o faça ser visto de uma outra maneira dentro do grupo e afirmou que seu objetivo em 2016 é colocar o time do revezamento 4x100m no pódio olímpico.
A relação de Cielo com os outros nadadores passou a ser questionada depois que o nadador não participou junto com os demais atletas da aclimatação para o Mundial de Kazan, em Rio Maior (POR), e deixou a Rússia lesionado sem se despedir dos colegas. Enviou uma mensagem por celular apenas quando estava longe de Kazan.
"Este foi um ano um pouco atípico. Por causa do Pan (do qual não participou), tive uma agenda diferente. Normalmente viajo junto. Esta foi a primeira vez que não estive com o grupo em um período pré-competição. Me sinto parte da seleção e sempre quero fazer o grupo mais forte", disse.
"(Quanto às regalias) quem define as regrinhas é a confederação, e os atletas vão conquistando. Eu e o Thiago (Pereira) por termos medalha olímpica, podemos ficar sozinho no quarto, para ter liberdade maior, uma passagem aérea um pouco melhor. Isso é até algo que existe para incentivar os outros nadadores", afirmou.
E Cielo demonstra muita confiança nos outros nadadores do time nacional, tanto que sonha alto. Para ele, ganhar uma medalha de ouro no revezamento 4x100m livre não é uma tarefa impossível no Rio de Janeiro.
"O foco é os 50m livre, mas s 4x100m livre é tão importante quanto. Em um dia iluminado, vejo chance de medalha de ouro mesmo. Estamos no mesmo nível de França, Austrália, Rússia e Estados Unidos. Qualquer um destes cinco pode levar", disse o nadador.
No Mundial de Kazan, sem a presença de Cielo, a equipe brasileira terminou na quarta colocação. A França ficou com o ouro, seguida da Rússia e da Itália.
"Vou treinar para fazer o meu melhor tempo possível nos 100m livre dentro do revezamento e ajudar a equipe. Se sentir que estou nadando bem, posso até competir nos 100m livre (na Olimpíada)", disse.