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Paes desconversa sobre contrato oculto da Rio-2016 e ONG pede transparência

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Prefeito Paes promete divulgação de documentos, mas não indica data imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, evitou dar prazos para a divulgação de contratos olímpicos públicos os quais sua administração mantém sob sigilo há pelo menos um ano. Questionado sobre a transparência da prefeitura nesta terça-feira (1º), um dia após o UOL Esporte revelar o desrespeito da gestão municipal à Lei de Acesso à Informação, o prefeito disse que pretende liberar o acesso público de acordos fechados pelo Rio com grandes empresas para execução de obras da Olimpíada de 2016. Só não disse quando isso deve ocorrer. “Já mandei botar tudo na internet”, disse o prefeito. “Não sei quando isso vai estar disponível. ”

A Prefeitura do Rio é a maior responsável pela preparação para a Olimpíada. Dos mais de R$ 38 bilhões investidos, quase R$ 18 bilhões estão aplicados em projetos ligados à administração municipal. Há praticamente um ano o UOL Esporte solicita da prefeitura documentos sobre esses projetos. Ignorando a legislação nacional, o Rio não os divulga.

Segundo João Senise, coordenador de mobilização da organização Meu Rio, o comportamento da prefeitura é ilegal. A Meu Rio faz mobilizações para pressionar o Poder Público visando a melhorias na cidade. Depois da reportagem da UOL Esporte, ela lançou uma campanha pela transparência na prefeitura.

A campanha foi lançada no site de mobilização Panela de Pressão. Para cobrar da administração municipal a divulgação de documento público relacionados à preparação do Rio para a Olimpíada, basta acessar o link e preencher um formulário disponível no site. “A cada pessoa que se manifestar, um e-mail será disparado para o prefeito e o presidente da Empresa Olímpica, Joaquim Monteiro, cobrando a divulgação dos documentos”, explicou ele. “É uma forma de pressionar.”

A Meu Rio já realizou campanhas semelhantes –e bem sucedidas— para evitar e demolição da Escola Municipal Friedenreich inicialmente prevista no edital de concessão do Maracanã e para a criação de uma delegacia especializada em desaparecimentos no Rio de Janeiro. Essa última campanha foi apoiada pela mãe do lutador Vitor Belfort, cuja filha Priscila desapareceu em 2004.
 

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