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Cinegrafista se desculpa após atropelamento e presenteia Bolt

Do UOL, em São Paulo

Usain Bolt se reencontrou com o cinegrafista que o atropelou, nesta sexta-feira, na premiação dos 200m. O profissional de TV, que se chama Tao Song, compareceu ao evento no Ninho de Pássaro, em Pequim, para pedir desculpas ao velocista.

O cinegrafista da emissora chinesa CCTV presenteou Bolt com um bracelete da amizade. "O importante é que ele está bem", disse Tao ao jornal inglês Guardian. "Eu estou bem e pronto para voltar a trabalhar", completou.

Bolt foi atropelado na quinta-feira, pouco depois de vencer a prova dos 200m. Ele comemorava próximo à torcida quando foi derrubado por um cinegrafista, que perdeu a direção do biciclo.

Bronze no Mundial volta aos EUA para transplante

Recordista mundial e campeão olímpico dos 110m com barreiras, Aries Merritt foi medalhista de bronze em Pequim. Mas o resultado pouco importa para ele. Há dois anos, ele descobriu que tem uma doença genética que prejudica o funcionamento do fígado e terá de fazer um transplante. A operação deve acontecer assim que ele voltar aos EUA. Os problemas foram descobertos em 2013, durante o Mundial de Moscou. Ficou sete meses hospitalizado. “Neste momento, os médicos disseram que eu nunca mais correria. Meu mundo desabou”, conta.

Ele ignorou a previsão. Voltou a competir no mês seguinte. Em 2014, seu melhor tempo foi 13s29 – ele não era tão lento na sua especialidade desde 2010. Nesta temporada, já estava correndo como de costume. Ele chegou à final da prova em Pequim, por exemplo, com o melhor tempo entre os classificados, com 13s08. Na final, fez 13s04, seu melhor tempo desde 2012. Ficou atrás do russo Sergey Shubenkov, com 12s98, e do jamaicano Hansle Parchment, com 13s03. Não que o resultado final importasse tanto.

“Eu estou aqui para não ficar louco, mais do que qualquer coisa. Não queria ficar sentado em casa, esperando o transplante. Eu prefiro ficar aqui, vivendo o máximo que posso. Quem sabe? Esse pode ser meu último Mundial... Mas os médicos dizem que existe chance de recuperação e eu espero poder iniciar a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em pouco tempo”.

Holandesa faz 3º melhor tempo da história nos 200m

Tudo bem que Usain Bolt e Justin Gatlin são os maiores nomes do Mundial de Pequim. Mas a performance mais impressionante das provas de velocidade no Ninho do Pássaro pertencem à holandesa Dafne Schippers. Ex-atleta do heptatlo, ela é a grande revelação do torneio. Foi medalhista de prata nos 100m e atingiu um feito ainda maior nos 200m: com sua medalha de ouro, foi a primeira atleta em 12 anos a superar jamaicanas ou norte-americanas em Mundiais na distância. Mais do que isso, seu tempo foi impressionante. Com 21s63, ela se torna a terceira atleta mais rápida de todos os tempos, atrás apenas das norte-americanas Florence Griffith-Joyner (21s34) e Marion Jones (21s62). E ainda bateu o recorde do Campeonato Mundial, que durava 28 anos.

Salto em altura tem “Daniel San” chinês

Lembra do garoto tímido treinado pelo senhor Miyagi de “Caratê Kid”? Olhe a foto aí em cima. É a versão chinesa... Um dos melhores do mundo no salto em altura, Guowei Zhang divertiu o público no ninho de pássaro com suas danças de aquecimento e comemorações engraçadas. A pose de caratê foi a que mais fez sucesso. Além dele, quem chamou atenção também foi o italiano Gianmarco Tamberi. Conhecido com competir com apenas meia barba (do lado direito), ele tocou air-guittar e fez o símbolo de Bolt ao se classificar para a final.

Brasileira é sexta na marcha

A marcha atlética deu para o Brasil mais um resultado expressivo em Pequim. Érica de Sena terminou a prova feminina de 20km em sexto lugar, igualando o desempenho masculino na mesma distância, de Caio Bonfim. Vice-campeã do Pan-Americano de Toronto, Érica não mora no Brasil, mas no Equador, na cidade de Cuenca. Ela é casada com o recordista sul-americano dos 20km e 50km, Andrés Chocho. “Lá é um lugar muito bom para treinar em altitude, o treinamento flui normalmente e a marcha é a prova preferida”, explica. “Estou muito feliz com a colocação. Fiquei entre as melhores do mundo, o que me deixa tranquila quanto à preparação que fizemos. Acho que a marcha também vai alcançando um outro padrão, já que os bons resultados vêm se repetindo”.

Chinesas admitem resultado "combinado"

Ainda na marcha atlética, o final da prova teve um momento entranho. Liu Hong, medalhista de ouro e recordista mundial, e Lu Xiuzhi, prata, entraram no Ninho do Pássaro juntas. Pouco antes, porém, as chinesas trocaram algumas palavras. Lu deu a entender que a conversa foi para avisar que não iria tentar o ouro. “Nós concordamos que deveríamos manter o ritmo, para evitar que uma fosse desclassificada. O mais importante era que as duas cruzassem a linha de chegada”, disse Lu para a agência chinesa Xinhua. Foi a primeira medalha de ouro da China no Mundial.

Brasileiro acompanha líderes até quinto evento do decatlo

Ashton Eaton não é o recordista mundial do decatlo à toa. Na madrugada desta sexta-feira, ele marcou o melhor tempo dos 100m das provas combinadas em Mundiais, com 10s23. Na sessão da noite, foi ainda melhor: com 45s00, ele teve o melhor desempenho nos 400m de um decatleta em todos os tempos. Com isso, lidera com folga após o primeiro dia, com 4.703 pontos. O destaque, porém, é o brasileiro Felipe dos Santos. Com o quarto tempo dos 100m (10s53) e a sétima marca do salto em distância (7,54m), ele chegou a ocupar o terceiro lugar no geral. Fechou o dia em sétimo, com 4.344 após cinco provas, menos de 100 pontos atrás do terceiro, o alemão Rico Freimuth (4406).

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