Bolt é atropelado por câmera em comemoração e brinca: "Gatlin pagou ele"
Usain Bolt atropelou os rivais na final dos 200m no Mundial de Pequim. Fez o melhor tempo do ano (19s55) e cruzou a linha comemorando para conquistar seu quarto título mundial na distância. Mas, como nada é perfeito, o jamaicano acabou atropelado no Ninho do Pássaro.
Quando dava a sua volta olímpica, seguido de perto por câmeras, um cinegrafista que estava em um biciclo (aquele veículo de duas rodas paralelas, que seguranças costumam usar em shopping centers) caiu e o atropelou. Veja a cena de outro ângulo:
Careful careful! #thoseareexpensivelegs #Beijing2015 pic.twitter.com/
— Kareem Streete-Thomp (@kaystreete) August 27, 2015
"Eles tentaram me matar, não sei o que aconteceu", disse Bolt, com bom humor, completando em seguida que "acidentes acontecem". Mais tarde, na coletiva de imprensa, ele ainda brincou com Justin Gatlin, seu maior rival atualmente, que ficou com a prata. "O boato que está começando agora é que o Gatlin pagou ele", disse o jamaicano, também em tom de brincadeira, segundo a NBC. "Vou pedir o meu dinheiro de volta", respondeu Gatlin.
EUA ganham primeiro ouro na pista, com Alysson Felix
Alysson Felix é, agora, nove vezes campeã mundial. Maior estrela da delegação dos EUA na China, ela conquistou o ouro na prova dos 400m. Campeã olímpica dos 200m, foi sua primeira vitória na prova mais longa. O resultado é importante, também, para o time norte-americano, que vem fazendo um Mundial ruim: é a primeira medalha de ouro em provas de pista do país (os outros dois foram no arremesso de peso, com Joe Kovacs, e no salto em distância, com Christina Taylor).
Polonesa quebra o primeiro recorde em Pequim
A polonesa Anita Wlodarczyk é a primeira atleta no Ninho do Pássaro a deixar Pequim 100 mil dólares mais rica. Nesta quinta-feira, ela quebrou o recorde do Campeonato Mundial no lançamento de martelo, marca que era de Tatyana Beloborodova (que aposentou o sobrenome Lysenko), de 78,80m. Anita superou a marca duas vezes, com 80,27m e 80,85m. Ela já tinha, nesta temporada, quebrado o recorde mundial, com 81,08m.
Recorde do salto triplo segue. Mas foi por pouco
O cubano Pedro Pichardo e o norte-americano Christian Taylor chegaram ao Mundial de Pequim em busca de um número: 18,29m, o recorde mundial do britânico Jonathan Edwards, que completou 20 anos em 2015. A marca continua sendo a melhor da história, mas Taylor conquistou o ouro nesta quinta-feira com algo muito próximo: ele fez 18,21m, o segundo melhor salto de todos os tempos. A prata ficou com Pichardo, com 17,73m, número também expressivo.
Maior nome do salto em distância para na eliminatória
A norte-americana Brittney Reese é o maior nome do salto em distância dos últimos dez anos. Segundo a Iaaf (a Federação Internacional de Atletismo), ela foi à final de todos os grandes eventos que disputou desde 2005. Mais do que isso: venceu os últimos sete eventos do tipo que disputou, com três títulos mundiais em céu aberto, dois mundiais indoor, uma Final Mundial e um ouro olímpico, em 2012. Em Pequim, porém, ela ficou longe da classificação para a final. Com apenas 6,39m, ficou em 24º lugar.
Michelle Jenneke e sua dancinha estreiam em Pequim
Michelle Jenneke ficou famosa em todo mundo quando sua dancinha pré-100m com barreiras viralizou pelas redes sociais. Virou modelo, garota-propaganda de marcas esportivas e posou com pouca roupa. Mas ainda é atleta. Na madrugada de quarta para quinta-feira (27), ela disputou as eliminatórias do Mundial de Pequim – se classificou em 17º lugar. E, sim, dançou quando foi apresentada.
Brasileiros param nas semifinais
Os dois brasileiros que avançaram para as semifinais de suas provas no quinto dia não chegaram à decisão. Rosângela Santos foi a 13ª (22s87) nos 200m e João Vitor de Oliveira, o 18º dos 110m com barreira. O tempo de João Vitor, porém, foi bom: com 13s45, fez a melhor marca de sua carreira.