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Atualizada em 21.08.2015 10h28

Custo da Olimpíada aumenta R$ 70 mi e chega a R$ 38,7 bilhões

EFE/Marcelo Sayão
Parque Olímpico do Rio é a obra esportiva mais cara em execução para Rio-2016 imagem: EFE/Marcelo Sayão

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

A preparação do Rio de Janeiro para a Olimpíada de 2016 está cerca de R$ 70 milhões mais cara. A APO (Autoridade Pública Olímpica) revisou nesta sexta-feira (21) a lista de obras essenciais para os Jogos. A nova versão do documento aponta que a Rio-2016 vai custar ao menos R$ 38,7 bilhões.

A lista de obras essenciais é chamada de Matriz de Responsabilidades da Olimpíada. Ela enumera, principalmente, projetos ligados a arenas esportivas para o evento. Ou seja, aquilo que não seria construído ou reformado caso o Rio não fosse sede dos Jogos Olímpicos.

A versão anterior da matriz havia sido divulgada em janeiro deste ano. Nela, estavam previstos investimentos de R$ 6,6 bilhões em locais de competição da Rio-2016. Naquela versão, 56 projetos olímpicos estavam listados.

Já a versão atual informa que pelo menos R$ 6,67 bilhões serão aplicados nesse tipo de obras –aumento de 1,5% em seis meses. O número de projetos listados, contudo, caiu para 46. Saiu da matriz a reforma do Estádio Aquático Julio Delamare, por exemplo. O local receberia provas de polo aquático na Olimpíada. Sua obra não foi iniciada a tempo e as competições da modalidade foram transferidas para o Maria Lenk.

Além do custo das arenas esportivas, a preparação do Rio para a Olimpíada envolve também investimentos em obras de infraestrutura e transporte, o tal legado olímpico, além de custos bancados com recursos privados levantados pelo Comitê Organizador Rio-2016. Só as obras de legado custarão ao menos R$ 24,6 bilhões (valor atualizado em abril). Já o Comitê Rio-2016 aplicará R$ 7,4 bilhões na organização dos Jogos Olímpicos (valor atualizado neste mês).

Somados todos esses valores é que chega-se a uma estimativa global do custo da Olimpíada. Vale ressaltar que estimativa é incompleta já que nem tudo o que será necessário para os Jogos já foi oficialmente orçado. O custo também pode variar conforme demandas surjam durante a preparação.

Em 2009, quando o Rio de Janeiro candidatou-se a sede dos Jogos de 2016, estimou-se no dossiê de candidatura que o evento custaria R$ 28,8 bilhões (valores da época). Esse valor corrigido pela inflação oficial, o IPCA, seria hoje cerca de R$ 43 bilhões. Isso significa que a Rio-2016 está hoje 10% mais barata que o previsto.

O custo dos Jogos do Rio também está atrás do investimento feito para a Olimpíada de Londres, em 2012. Os Jogos de Londres custaram mais de R$ 60 bilhões, considerados a taxa atual de conversão entre a libra (moeda britânia) e o real, que vem desvalorizando-se.

Hoje, porém, a Olimpíada de 2016 já custa 42% que a Copa do Mundo de 2014. De acordo com um balanço divulgado pelo Ministério do Esporte após a realização do Mundial de futebol, o torneio demandou investimentos de R$ 27,1 bilhões.

CONFIRA O ORÇAMENTO DA OLIMPÍADA DE 2016

Arenas – R$ 6,67 bilhões (valor atualizado nesta sexta)
Legado – R$ 24,6 bilhões (estimativa de abril)
Investimento do Comitê Rio-2016 – R$ 7,4 bilhões (valor atualizado neste mês)
CUSTO TOTAL – R$ 38,7 bilhões
Custo na candidatura – R$ 28,8 bilhões (em valores da época)
Custo da candidatura corrigido - R$ 43 bilhões (aproximado)
Custa da Copa de 2014 – R$ 27,1 bilhões
Custo de Londres-2012 – R$ 60 bilhões (câmbio atual)
 

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