Equipe de vídeo de Prefeitura é assaltada em teste olímpico de ciclismo
A equipe de vídeo de uma produtora que presta serviços para a Prefeitura do Rio de Janeiro foi assaltada neste domingo (16) enquanto gravava o evento-teste de ciclismo da Olimpíada de 2016. Três profissionais foram abordados por dois homens que vieram em uma moto. Um deles estava armado. Eles levaram uma câmera fotográfica e o telefone celular usados pela equipe.
O roubo aconteceu por volta das 8h, enquanto os profissionais se posicionavam para gravar a passagem dos ciclistas que participam do teste olimpico. Os funcionários da produtora foram abordados na avenida Ministro Ivan Lins, no Joá. O local faz parte do circuito do evento-teste de ciclismo e também do trajeto da prova dos Jogos Olímpicos de 2016.
Os profissionais não reagiram ao assalto. Ninguém ficou ferido. Eles registraram queixa sobre o roubo dos equipamentos volta na 16a Delegacia de Polícia do Rio.
Questionado sobre o assalto, o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 não comentou o assunto. O secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, integrante da administração municipal que acompanhou o evento-teste, disse que desconhecia o assalto.
Teste em dia de protestos
Sessenta atletas, de diferentes países, participaram do teste ciclismo da Rio-2016. Eles largaram às 8h30 de Copacabana, horário em que os primeiros manifestantes concentravam-se no bairro para protestar contra a presidente Dilma Rousseff.
O evento-teste, aliás, estava inicialmente marcado para 9h30. Foi antecipado justamente para que não fosse prejudicado pela manifestação. A estratégia dos organizadores deu certo.
De Copacabana, os ciclistas Seguiram rumo à Zona Oeste do Rio até o bairro de Guaratiba. De lá, voltaram até o bairro de São Conrado, vizinho ao local do assalto à produtora da prefeitura.
Todo o trajeto da prova de ciclismo teve 165 km. Por conta dessa distância, a própria prefeitura e o Comitê Rio-2016 informaram antecipadamente que esse seria o evento-teste da Olimpíada mais complexo de se organizar.
Boa parte da orla do Rio de Janeiro foi interditada por causa do evento de ciclismo. Prefeitura e Comitê Rio-2016 disseram que isso não causou graves transtornos para a cidade.
Queixas sobre o asfalto
De forma geral, os ciclistas elogiaram o evento-teste. Disseram que o percurso da prova é técnico é difícil, o que aumenta a disputa. Os competidores, porém, fizeram críticas à condição do asfalto em algumas áreas específicas.
"Em algumas partes, havia buracos e ondulações", disse o belga Serge Pauwels, segundo colocado na prova deste domingo. "Na descida, fica um pouco perigoso."
"Depois da descida da Vista Chinesa, o asfalto estava ruim", complementou o brasileiro João Marcelo Gaspar, um dos seis atletas nacionais que competiu no evento-teste.
Rodrigo Garcia, diretor de Esrportes da Comitê Rio-2016, disse que alguns trechos do percurso de ciclismo serão recapeados até a Olimpíada. Para ele, o teste serviu, entre outras coisas, para verificar quais pontos da organização da prova precisam melhorar.