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Governo articula ajuda financeira dos Correios ao basquete brasileiro

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Companhia estatal deve ser nova patrocinadora do basquete nacional imagem: AP Photo/Andres Kudacki

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O governo já sabe como ajudar à CBB (Confederação Brasileira de Basquete) a superar sua crise financeira. O Ministério do Esporte está intermediando negociações entre os Correios e a entidade que controla o basquete nacional para tentar garantir que as seleções brasileiras do esporte participem da Rio-2016. Por causa de uma dívida da CBB, a Fiba (Federação Internacional de Basquete) quer cortar as vagas de país-sede do Brasil na Olimpíada e forçar a participação das equipes em pré-olímpicos.

O governo federal, entretanto, confia que os débitos serão pagos. Isso porque os Correios estão em discussões avançadas com a CBB para um novo contrato de patrocínio da entidade. A informação foi relevada pelo próprio ministro do Esporte, George Hilton, durante conversa com jornalistas na segunda-feira (22). “Os Correios, agora, estão ajudando”, adiantou Hilton.

Das grandes confederações olímpicas (incluindo, vôlei, natação, judô, e tênis) do país, a do basquete é a única que não possui patrocínio estatal. Até 2013, a CBB era apoiada pela Eletrobras. No final daquele ao, porém, o contrato com a estatal de energia terminou e não foi renovado por iniciativa da companhia.

Desde então, a confederação vem mantendo-se com aportes do Bradesco e a Nike –outros patrocinadores da CBB. O dinheiro, contudo, não tem sido suficiente. Por isso, a confederação atravessa grave crise.

A dívida da entidade chegou a R$ 8,7 milhões, incluindo empréstimos de milhões a serem pagos e déficit acumulado de R$ 10,6 milhões, segundo balanço patrimonial publicado no mês passado. Sem dinheiro, a CBB não tem conseguido arcar com seus compromissos. Em reportagem de março, o UOL Esporte revelou que a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) ainda tinha abertas duas parcelas do valor total de US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,25 milhões) que se comprometeu a pagar à Fiba (Federação Internacional de Basquete) em troca da vaga na Copa do Mundo da Espanha de 2014, na qual a seleção terminou no sexto posto.

Na segunda, a Fiba anunciou que o Brasil só terá direito aos dois lugares tradicionais dados para a nação sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro desde que quite seus compromissos até o dia 31 de julho. Se isso não for feito, as seleções de basquete do país (masculina e feminina) terão de disputar as vagas em torneios pré-olímpicos. Assim, se não forem bem, ficariam fora da Rio-2016.

Em comunicado oficial postado em seu site, a CBB reconheceu a dívida, mas disse que propôs à Fiba um parcelamento dos vencimentos. Até agora, não obteve resposta da entidade internacional.

Questionada sobre o patrocínio, a CBB admitiu conversar com os Correios, mas disse que nenhum contrato foi assinado até agora. Os Correios também confirmaram a negociação em comunicado. “Os Correios e a Confederação Brasileira de Basquete estão em negociação a respeito do patrocínio à modalidade.”

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