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Salto em distância pode ter um amputado nos Jogos Olímpicos de 2016

AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS
Markus Rehm tenta provar que não tem vantagem por usar a prótese imagem: AFP PHOTO / ADRIAN DENNIS

Do UOL, em São Paulo

Em Londres-2012, Oscar Pistorius escreveu seu nome na história ao se tornar o primeiro atleta amputado a participar de uma competição nos Jogos Olímpicos. Disputou a prova dos 400m rasos e o revezamento 4x400m. No Rio, em 2016, o sul-africano não estará presente, uma vez que cumpre pena de prisão pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp.

Mas o atletismo poderá ter um “novo Pistorius” na próxima edição olímpica. Ele vem da Alemanha, tem 27 anos, compete no salto em distância e atende pelo nome . 

Ele é o atual campeão paraolímpico da modalidade e bicampeão mundial. Além disso, estabeleceu há pouco menos de um mês em Barcelona o novo recorde mundial paraolímpico, com um salto de 8,29m. Esta marca é a quarta melhor da temporada 2015 considerando também os atletas sem deficiência e lhe teria valido a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, ficando apenas dois centímetros atrás do campeão, o britânico Greg Rutherford.

O salto feito por Rehm na Espanha já lhe garantiu índice para 2016. Mas isso não é suficiente para estar na Olimpíada. Antes, terá de provar que a prótese da perna direita não lhe dá vantagem competitiva contra atletas sem deficiência.

O principal questionamento é que teria ganho de impulsão. Por causa disso, já foi impedido pela Federação Alemã de Atletismo de participar do Campeonato Europeu de 2014. Após alguns testes foi alegado que ele se beneficiava da prótese. Agora, quer que novas provas sejam feitas para ele não ter de abrir mão do sonho olímpico. Testes podem ser conduzidos até pela a Iaaf (Associação das Federações Internacionais de Atletismo).

Justin Setterfield/Getty Images
imagem: Justin Setterfield/Getty Images

“As investigações do ano passado não levaram diversos fatores em conta. Apenas potenciais vantagens foram levadas em contas. Mas as desvantagens também precisam ser consideradas no resultado final dos testes”, afirmou Rehm em uma entrevista recente ao jornal alemão Bild.

“Sou lento na saída e não tenho sensibilidade nem coordenação motora na perna. Tenho limitações nos músculos. Mesmo usando a prótese, não acredito que leve vantagem sobre os demais”, completou.

“Muitas pessoas têm medo que em alguns anos haverá apenas pessoas com próteses em finais para atletas sem deficiência. Mas este é um pensamento errado”, disse Rehm em uma entrevista à emissora britânica BBC.

Rehm usa uma prótese no lugar da perna direita desde os 14 anos de idade. Ele era um atleta de wakeboard e durante um treino sofreu um acidente que levou à amputação do membro.
 

 

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