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Apresentador da Globo acompanha de perto busca do sobrinho por vaga em 2016

Karla Torralba*

Do UOL, em Maceió

O sobrenome Schmidt é conhecido no mundo dos esportes no basquete, com Oscar, e na televisão, com Tadeu. Mas, desta vez, é o vôlei de praia que recoloca a família no cenário esportivo.

O sobrinho de Oscar, Bruno Schmidt, 28 anos, destaca-se na modalidade e tem chances de ficar com uma das vagas do Brasil na Olimpíada de 2016. Bruno alerta que, na verdade, é o vôlei o esporte predominante no clã Schmidt. O pai do jogador, Luis Felipe, e o outro tio famoso, Tadeu Schmidt, apresentador do Fantástico, sonharam uma vez com as cortadas, as quadras e a areia. Hoje eles formam a dupla que mais torce por Bruno.

“O Tadeu é meu segundo maior torcedor. O primeiro é o meu pai, porque não tem como alguém superar ele. O Tadeu sempre me manda mensagem de apoio no celular, e quando eu estou jogando, ele e meu pai ficam ponto a ponto trocando mensagens. Eles já ficaram um jogo todo pelo telefone, com meu pai narrando. Ele me apoia muito como torcedor. Meu pai me acompanha e fica passando informação para o Tadeu”, contou Bruno ao UOL Esporte.

Perguntado sobre a família ter ficado famosa no esporte mundial por conta de Oscar, Bruno faz logo um alerta. “O vôlei de praia é de família mais que o basquete. O basquete é só o meu tio. O vôlei não. Meu tio Tadeu foi jogador de vôlei na seleção juvenil de quadra, meu pai é fanático por vôlei de praia, minha irmã também. Quando eu era criança eu jogava brincando com meu pai e meu tio”, explicou.

Bruno faz parceria no vôlei de praia com Alison, medalhista de prata na Olimpíada de Londres. Nesta temporada, ele foi o grande destaque no Circuito Nacional, ganhou quase todos os prêmios individuais no evento final da temporada brasileira – foram quatro de nove, mesmo jogando ao lado de três companheiros na temporada por conta da lesão de Alison no joelho, que o afastou por seis meses da areia. Ao lado do companheiro, desbancou Ricardo e Emanuel no último torneio brasileiro antes do início do Circuito Mundial, no final do mês.

É o Circuito Mundial que confirmará as duplas que representarão o Brasil no vôlei de praia em 2016. São quatro vagas, duas no masculino e duas no feminino. As melhores parcerias do ranking mundial se credenciam automaticamente para defender o país na Rio-2016. As outras duas vagas de homens e mulheres serão escolhidas pela Confederação Brasileira de Vôlei.

Bruno e Alison têm ótimas chances de conseguirem uma das vagas olímpicas. Para o jovem Schmidt, credenciar-se para a Olimpíada significa recolocar o seu sobrenome novamente no maior evento esportivo do mundo, após 20 anos.

Oscar deixou a seleção brasileira depois da Olimpíada de Atlanta, em 1996, e Bruno se lembra da comoção familiar. “Eu era muito pequeno, mas marcou muito. Eu lembro da minha família toda reunida olhando para a TV se emocionando junto com ele aquele dia em Atlanta. Ele se emocionou muito anunciando a despedida dele, então foi muito marcante na nossa vida. Ninguém nunca defendeu o país como ele fez. Abdicou de tanta coisa, o patriotismo dele é uma coisa que me inspira muito”, disse.

A atitude de Oscar durante a carreira como jogador é exemplo para Bruno. “Ele era aquele cara que era o primeiro a chegar aos treinos e último a sair. Eu acho que o segredo é esse. Eu acho que ele é um exemplo a seguir. Não tem outro. Não tem como chegar ao topo se não abdicar das coisas que vão tirar a gente do foco. E eu sempre levei a minha vida assim.” 

“Uma vez eu escutei ele falar que trocaria todos os títulos da carreira dele, de maior pontuador da história, todos por uma medalha olímpica. Eu sei que tenho um ano duro pela frente, mas quem sabe eu possa realizar esse sonho de família”, completou Bruno.

*a repórter viajou a convite da CBV

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