Governo recua e divide segurança olímpica com Comitê Rio-2016
Dois meses após assumir toda a responsabilidade da segurança da Olimpíada de 2016, o governo voltou atrás. Autoridades reunidas nesta quarta-feira (6), no Rio de Janeiro, decidiram que não vão mais abrir mão da ajuda do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 para proteger público, atletas e outros presentes no evento.
O comitê é um órgão privado criado especialmente para comandar organização da Olimpíada. Ele já havia planejado investir cerca de R$ 240 milhões em dinheiro arrecadado com patrocinadores para garantir a segurança de arenas e outras instalações olímpicas em 2016.
No final de fevereiro, porém, governos anunciaram que os recursos do comitê não seriam mais necessários. Governo federal e governo do Rio de Janeiro anunciaram que deslocariam agentes de segurança pública para as arenas e dispensariam a segurança privada paga pelo Rio-2016.
Acontece que agora eles mudaram de ideia. O secretário extraordinário de Segurança de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Rodrigues, informou nesta tarde que o Rio-2016 terá, sim, que aplicar R$ 242 milhões em segurança para a Olimpíada. Isso, contudo, cobrirá só 59% das necessidades de segurança do evento. O governo terá de cobrir os 41% restantes.
Rodrigues disse que cerca de 13 mil agentes da Força Nacional de Segurança, comandada pelo Ministério da Justiça, serão deslocados para o Rio durante os Jogos. Eles serão a principal força pública de segurança da Olimpíada, assumindo até mais postos de proteção de arenas do que agentes do Comitê Rio-2016.
No novo plano a anunciado nesta quarta, policiais militares do Rio de Janeiro não devem ser deslocados para proteção de instalações olímpicas. A ideia é evitar que isso reduza o efetivo necessário para a segurança cotidiana da capital fluminense.