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Zanetti usa Copa do Mundo em SP para descobrir como é competir em casa

Ricardo Bufolin/CBG

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

Na última vez em que o Brasil recebeu uma Copa do Mundo de ginástica artística, em São Paulo, em 2006, Arthur Zanetti tinha apenas 15 anos. Adolescente, ele torcia das arquibancadas do ginásio do Ibirapuera por seus ídolos e apenas sonhava com os títulos olímpico e mundial que conquistaria no futuro.

Nove anos depois, o ginásio paulistano volta a cruzar a história do ginasta. A Copa do Mundo de São Paulo, entre sexta-feira (1) e domingo, é a primeira oportunidade para o maior ginasta da história do Brasil disputar um torneio internacional em casa.

“A importância dessa Copa do Mundo é enorme. Não dá para chegar nas Olimpíadas, no ano que vem, sem ter ideia de como é competir no Brasil, de como o público se comporta ou qual é o tamanho da pressão que um ginasta enfrenta competindo em casa. Vai ser um teste para todo mundo”, diz Zanetti.

Com capacidade para 11 mil torcedores, o Ibirapuera tem praticamente a mesma dimensão da arena olímpica, muito maior do que as experiências anteriores do medalhista de ouro de Londres-2012 por aqui. O torneio com maior público que Zanetti já disputou no Brasil foi um meeting internacional, em São Bernardo, em um ginásio para 5 mil expectadores. No Rio-2016, a ginástica será na Arena Olímpica da Barra, um ginásio com 12 mil lugares.

“Não dá para evitar a pressão por competir em casa. Vamos passar por isso e temos de estar prontos para lidar com tudo isso. E uma Copa do Mundo no nosso país é a nossa chance de fazer uma preparação psicológica. De entender o que é ter atenção da imprensa, encontrar o ginásio lotado, ouvir a torcida querendo derrubar a arquibancada”, diz o técnico Marcos Gotto. “Lá fora, competimos em lugares grandes, para 20 mil pessoas. Mas por mais que o ginásio esteja lotado, a torcida não é pra o Arthur. A pressão não é dele. Em casa, é tudo para ele”.

A preocupação da seleção brasileira, porém, não é só com Zanetti. O evento em São Paulo marca, também, a estreia de Flávia Saraiva, uma das principais revelações da modalidade nos últimos anos. Campeã olímpica da juventude, a jovem de 15 anos disputa, no Ibirapuera, sua primeira Copa do Mundo adulta. Completam o time brasileiro Letícia Costa, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade. No masculino, o time terá, além de Zanetti, Ângelo Assumpção, Diego Hypolito, Francisco Barretto Júnior, Henrique Flores e Petrix Barbosa.

Quem quiser, ainda pode assistir ao campeão olímpico in loco. Os ingressos estão a venda no site oficial do evento (http://copadomundo.cbginastica.com.br/).

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